Natureza
Titica no, no, no!
A imagem é estranha e engraçada, mas se o cachorro pensasse como um ser humano bacana e educado, faria a mesma coisa depois que usasse o meio público para deixar seus dejetos. Como ele não possui esta nossa inteligência, imagino que alguém um dia vá conseguir treinar o pobrezinho para isso, mas enquanto isso não acontece, o que fazer com tanto cocozinho deixado pelas vias dos bairros, praças e praias?
A cidade em que eu moro é bem semelhante à cidade de Santos. Cheia de prédios e condomínios verticais e muita gente morando neles. A cada esquina tem um novo mega empreendimento imobiliário e no lugar onde havia uma ou duas casas, erguem-se agora espigões com muitas famílias morando e, muitas delas, além das pessoas que as compõem, tem um cachorrinho ou cachorrão de estimação. Portanto, não é incomum vermos pelas manhãs ou anoitecer, alguns donos passeando com seu pet a fim de que ele deixe nas ruas suas necessidades.
Noutro dia eu vi o cúmulo da atitude anti social, uma mulher com um cachorrinho branco, gracinha, peludinho, estava em frente à garagem de uma casa e aguardava-o tranquilamente fazer suas necessidades.
Assim que ele acabou, ela pegou-o no colo, abriu um carro estacionado ali mesmo na rua, entrou, bateu a porta e foi embora. Eu estava a pé, mas minha vontade foi correr atrás dela e dizer-lhe algumas palavrinhas simpáticas.
Bom, mas campanha para educação ou incentivo a não praticarem esta atitude, simplesmente não existem. Não sei se na sua cidade vocês têm o mesmo problema, mas por aqui é coisa rotineira.
Nos cinco anos em que moro aqui, nunca vi nenhuma atitude da prefeitura neste sentido, aliás dizem que o prefeito daqui estava com uma doença e muito mal, mas isso foi depois que aconteceu aquela tragédia que todo mundo viu pela mídia, o tal desabamento do Morro do Bumba. O sujeito sumiu, tomou Doril e ficou quietinho até agora, quando enfim, ressurge para candidatar-se à mesma Prefeitura desta cidade. Coisa de um país que não é sério, ainda.
E o povo, de qualquer classe social, só acerta o passo quando as leis são vigorosas ou mexem nos seus bolsos.
Então, haja cocô de cachorro nas ruas! Um ou outro cidadão mais consciente, sai com seu cãozinho e leva um saquinho plástico para fazer a limpeza.
Mas, acontece que lendo agora a respeito de sustentabilidade (aqui), constatei que o cocô recolhido em sacolinhas plásticas, além de aumentar o volume de lixo urbano, libera metano, um gás de efeito estufa 23 vezes pior que o gás carbônico.
Entretanto existe uma saída, alguns designers da cidade de Cambriedge, no estado de Massachusetts (EUA), parecem ter resolvido o impasse: usar os excrementos animais para gerar energia em praças e parques.
O Park Spark Project sugere que os donos dos cachorros recolham o cocô em sacolas biodegradáveis e a joguem em um digestor de metano, instalado nesses locais públicos. A queima do metano alimentaria os postes de luz, não apenas impedindo que o gás fosse para a atmosfera, como também economizando energia vinda de outras fontes poluentes como o carvão.
Esta será uma solução maravilhosa e quem sabe poderão utilizar em várias outras cidades do mundo, principalmente estas com grandes populações urbanas como as do nosso país.
E tem também uma outra saída que o governo da cidade de Nova Taipé, no norte de Taiwan, apostou para incentivar os moradores a recolher as fezes de seus cães, que andam emporcalhando as ruas da cidade - uma barra de ouro por um pouco de titica canina.
Isso porque, apesar das campanhas públicas de conscientização, os taiwaneses parecem resistir a adquirir esse hábito, quando saem para passear com seus bichinhos de estimação, transformando o cocô dos animais em um dos maiores problemas da cidade. Diante da situação, o governo resolveu adotar uma nova medida: a partir de 10 de agosto, quem apresentar, às equipes de limpeza do governo, as fezes do seu cachorro poderá ganhar até US$ 2.100.
Na verdade o cidadão receberá um tíquete que poderá participar de um sorteio que premiará três moradores da cidade com barras de ouro avaliadas em US$ 420, US$ 630 e US$ 2.100. O número de tíquetes por pessoa é ilimitado – ou seja, a cada passeio com o cachorro, as chances de ganhar aumentam – e o resultado do sorteio será divulgado em outubro.
Estão pensando também em lançar outra ação - recompensar os cidadãos que tirarem fotos daqueles que não limparam a sujeira dos seus animais e as enviarem às autoridades, com o endereço do local.
Estes métodos empregados servirão para gerar energia a fim de iluminar praças e parques.
E eu fico aqui pensando com meus botões - esses políticos viajam tanto para verem as novidades implementadas lá fora e o que fazem quando retornam?
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