Natureza
Inauguração do Fórum Verde do Distrito Federal - TJDFT
Com uma concepção dinâmica e inovadora, o novo Fórum resultou na primeira obra do Centro-Oeste e a primeira do judiciário brasileiro a atender às premissas para requerimento de certificação do Green Building Council (LEED).
O prédio do Fórum Verde do Distrito Federal foi recebido neste mês de março pelo presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), desembargador Otávio Augusto Barbosa. A CAENGE S.A. - Construção, Admnistracao e Engenharia, responsável pela obra, fez a entrega provisória da obra no último dia 14/3. A solenidade oficial de inauguração da nova unidade judicial está prevista para 29 de abril de 2011, após a ocupação do prédio, que irá abrigar as oito varas de Fazenda Pública e a Vara do Meio Ambiente do DF.
A construção inovadora coloca o TJDFT como instituição única a ter o certificado LEED em todo o Brasil. A obra envolveu profissionais multidisciplinares e integrou conceitos ecologicamente reconhecidos, desde a concepção do edifício, o que impactou diretamente na certificação da obra. Iniciada na gestão anterior (2008/2010), a obra foi concluída pela atual gestão (2010/2012). Desde 2008, o Tribunal desenvolve ações socioambientais por meio do progama “Viver Direito” e a obra é mais uma entre as ações previstas no programa.
A previsão é de que a obra alcance todos os requisitos necessários para obter, ainda, o “Selo Ouro”, fornecido pela U.S. Green Building Council (USGBC). Apenas dez construções de todo o Brasil possuem a certificação e, caso o Fórum o obtenha, será o único do Centro-Oeste e do judicário brasileiro.
A edificação aproveitou, ao máximo e em todos os ambientes, a iluminação natural e a ventilação cruzada, o que garantiu a redução do uso de iluminação artificial e do ar-condicionado, o que resultará na economia de energia. A leve rotação do edifício dentro do terreno permitiu a criação de floreiras em todos os pavimentos, humanizando o ambiente de trabalho e auxiliando na proteção solar e na melhoria da qualidade do ar.
O Fórum possui ainda cobertura ajardinada, o que reduz a carga térmica do edifício, além de uma estação compacta de tratamento de efluentes, a captação de águas pluviais; e o reuso de águas pluviais e cinzas para fins não potáveis, como descarga, lavagem de pisos e irrigação de jardins. Também foram usados metais e sanitários que permitem economia no consumo de água. Além disso, toda a madeira utilizada nas paredes divisórias é comprovadamente proveniente de reflorestamento. As tintas, mantas e colas empregadas foram testadas em laboratórios independentes, obedecendo às normas técnicas mais restritivas de liberação de Compostos Orgânicos Voláteis (COV´s).
Detalhe importante do Fórum Verde à localização no terreno, que permitiu a retirada mínima da vegetação nativa para o início das obras e possibilitou que o edifício, após concluído, ficasse totalmente integrado com o entorno. O prédio oferece ainda outra vantagem: a proximidade com a Procuradoria Geral do GDF, principal parte nas ações que tramitam nas Varas de Fazenda e do Meio Ambiente, o que vai facilitar o acesso dos magistrados, servidores e dos jurisdicionados que demandam nas unidades judiciais.
O fórum vai integrar o conjunto de fóruns que fazem parte do complexo da circunscrição judiciária de Brasilia, que inclui o Fórum Milton Sebastião Barbosa, prédio principal; o Fórum Julio Leal Fagundes; o Fórum Fabrini Mirabe; a 1ª VIJ; e, agora, o Fórum Verde
A obra executada pela CAENGE S.A. Construção, Administração e Engenharia, foi projetada pela Zanettini Arquitetura, com a colaboração do setor de Engenharia e Arquitetura do TJDFT. Segundo a CAENGE a construção buscou atender aos critérios para a certificação LEED durante as diversas etapas da construção. Para isso, os engenheiros da construtora se preocuparam em racionalizar os sistemas construtivos, o que possibilitou a redução de desperdícios e impactos na vizinhança. “Ao todo, foram aplicados 20% de materiais reciclados na obra e 40% de materiais regionais, produzidos em um raio de 800 km de distância da obra. Também foi utilizada a gestão sustentável de resíduos durante a execução do prédio, garantindo que 75% dos resíduos gerados fossem reaproveitados ou reciclados.”
“Nosso desafio não foi só viabilizar a máxima redução dos impactos ambientais na fase de construção, mas também possibilitar que ganhos efetivos fossem alcançados durante o uso futuro do edifício, seja por meio da maior eficiência energética do edifício e seus sistemas, seja pelo conforto ambiental em ambientes internos, o que permitirá que os usuários tenham um melhor desempenho em suas atividades cotidianas. Com o know how adquirido durante a execução desta importante obra, a CAENGE inaugura uma nova fase para os seus empreendimentos futuros”, afirma Marco Aurélio, diretor da CAENGE Ambiental.
Fonte: CAENGE Ambiental
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