Hábitos fáceis e indolores (se forem divididos)
Natureza

Hábitos fáceis e indolores (se forem divididos)






Alguém aí pode achar que este meu post é meio chato, coisa de dona de casa arrumadinha,  maníaca por limpeza ou aquele tipo de madame que passa o dedo no móvel para ver se a faxineira limpou direitinho.
Nada disso, sou norrrrmal!


Acontece que quando é só você e seu marido a casa ou o apartamento fica organizado a semana toda, desde que a faxineira limpe e venha pelo menos uma vez na semana.  Este era o meu caso.  Eu disse era porque agora tem mais um de novo com a gente - meu filhão que resolveu se transferir para o Rio de vez, depois que passou uma temporada no Sul, estudando, adorou, mas viu que o lugar dele era aqui com a gente e vai fazer uma transferência de faculdade e de hábitos também, com certeza.  Nem que para isso eu tenha que colocá-lo de castigo em cima do milho ou umas lambadas no couro.  Êpa!  Agora não posso mais dar aquelas chicotadas que eu dava nele e pendurava-o de cabeça pra baixo até ele se arrepender dos erros que cometia.  (depois dessa nova lei do governo, acho que vou pra cadeia após este depoimento)


Brincadeiras à parte, mas a rapaziada tem uns hábitos meio, digamos, diferentes da gente de outra geração, no que concerne à arrumações e hábitos de limpeza que para eles não dizem nada, apenas como mais uma tarefa enfadonha e repetitiva. Mas, o Daniel aprendeu muito morando sozinho por um tempo e está bem mais organizado, necessitando apenas de alguns pequenos ajustes aqui da momy.


Quando ele morou nos Estados Unidos por um ano, dizia-me que ninguém na casa em que estava hospedado fazia a cama, até mesmo a mãe da família.  Assim, a cama dele também nunca era feita, ficava do mesmo jeito de manhã até a manhã de um belo dia que então, quando desse na telha, fazia ou faziam para ele.
Hábito pra mim estranho, pois assim que levanto e escovo os dentes e lavo o rosto, faço minha cama e deixo-a esticadinha e bonitinha.  Assim, aqui em casa ele já sabe, tem que deixar a cama dele feita e ponto final.  Pode até demorar um pouco a fazê-la, mas faz, porque ele tem que respeitar os hábitos que temos e, depois, ser parte de uma família é um privilégio. A capacidade de desfrutar de uma casa confortável, comida na geladeira, televisão por cabo e um computador com uma conexão rápida à Internet tem que ser entendida com algumas responsabilidades, certo!


Nos Estados Unidos, mesmo a família não tendo este pequeno hábito como nós aqui, eles têm outros e que eram por ele respeitados, assim como; toque de recolher na casa, ninguém fazia barulho ou andava perambulando pela casa fazendo ruídos depois das 22 horas;  tinham também o cuidado com a lavagem de roupas diariamente e separadas por cores, cada dia a mãe pedia aos filhos e a ele roupas de uma determinada cor para entrar nas máquinas de lavar e secar.  Estes e alguns outros hábitos eram comuns e respeitados, como em toda família que se preze para administrar a casa e o bom entrosamento entre todos.


Eu não sou perfeitinha, longe de ser uma extremada dona de casa ou uma mãe rabugenta, mas não funciono em ambientes que retenham louças na pia, pilha de roupas em quartos e banheiros com toalhas enroladas ou desarrumadas.  A confusão instala-se em mim e sinto-me inquieta.  Aí, penso que não é só porque o filho esteve fora por alguns anos, a rotina da casa deva ser alterada, por isso tentamos o estabelecimento da comunicação e certas regras que estão sendo a ele relembradas, como por exemplo: não deixar a tábua do vaso sanitário aberta, mesmo que seja dele o banheiro, ou não lavar seu copo ou louça que suje fora dos horários das refeições.  Meu filho, inclusive, tem feito estes atos com frequência, ou pelo menos, se esforçado.
  


Mesmo constatando que o sossego que desfrutamos, eu e meu marido juntos  durante estes últimos anos, sem críticas sobre o comportamento de meu filho, mas sendo apenas honesta, digo que neste momento nossa casa tem muito mais energia com sua presença aqui conosco.


E olha gente, todo o trabalho de uma casa pode ser bem minimizado e parecer que tem muito menos a se fazer se não deixarmos as coisas se acumularem, tais como:


- pendurar suas roupas ou separar as que precisam ser lavadas assim que chegar da rua;


- fazer sua cama todas as manhãs;


- colocar seus documentos ou bolsa, chaves, objetos pessoais em lugares determinados, não deixando-os em cima de móveis largados pela casa;


- manter o escorredor de pratos livre e limpo (lavar e limpar imediatamente após uso);


- limpar o box com um pequeno rodo depois do banho e dar descarga cada vez que usar, terá um banheiro sempre limpo e leva apenas alguns minutos;


- esvaziar o lixo diariamente, não custa nada;


- ter um lugar para cada coisa e manter tudo, dentro do possível, organizado.


Agora, se você fizer uma coisa dessas de cada vez não parecerá tão difícil assim e você pode começar tentando estes hábitos devagar até chegar lá e, desenvolver com naturalidade, sem sofrimento e sem precisar ficar dependente de uma outra pessoa para fazer por você ou então ter que fazer tudo em um só dia, estressando-se ou odiando sua casa e os pequenos afazeres domésticos.  Vejam bem, estou falando de coisas pequenas e que cada um pode fazer, dando sua contribuição como membro produtivo de uma família sem pesar para um ou outro que vive na mesma casa.


Este post será lido por meu filho e espero que também seja por outros filhos que por aqui passem, pois há tempos eu gostaria de abordar sobre este assunto familiar, afinal antes de blogueira, sou mãe e dona de casa, tenho leitores jovens e que podem se ver nesta situação de dificuldade para se organizarem em suas próprias casas ou a de seus pais, e, as dicas, simples mas efetivas que aqui deixei, poderão ser de grande utilidade para a manutenção de seus espaços no lar e o bem estar de todos.




















(Imagens Corbis)












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