Natureza
Aprendemos que "A gente não quer só comida"
Baile da Ilha Fiscal, de Francisco Figueiredo (1905)
Não é de hoje que brasileiro gosta de música, de festa, de alegria, e isso todo mundo sabe. O mega evento musical Rock in Rio está aí pra comprovar o tanto que as pessoas gostam de ouvir, cantar e mexer o corpo ao som dessas manifestações musicais.
Muito antigamente, do outro lado do oceano, saraus e bailes eram frequentes para o entretenimento da nobreza na Europa. Assim D.João acabou trazendo de Portugal, uma orquestra, músicos e maestro, dançarinos e coreógrafo, e com isso incentivou as pessoas a se interessarem por aulas de dança para que se parecessem com "pessoas civilizadas da cidade".
Aí a vida social foi se intensificando cada vez mais com bailes e diversões para a nova elite brasileira. Como o Rio de Janeiro era onde ficava a corte portuguesa, lucrava em vários sentidos, talvez isso tenha sido o grande motivo para que os cariocas sejam até hoje ligados em música e dança.
Este lindo quadro acima, retratando o Baile da Ilha Fiscal aqui no Rio em 1889, demonstra o clima festivo presente na corte de D.Pedro II. Dizem os historiadores que o tal baile, promovido pelo governo em homenagem aos oficiais do navio chileno Almirante Cochrane, jamais será superado em opulência. Desde o convite, com a etiqueta bem detalhada para que os convidados guardassem 'certas maneiras finas' na festa, antes e depois, tudo foi muito bem esquematizado para que o evento fosse com brilho e elegância.
A plebe, como sempre, ficou aboletada no cais, à espera da chegada e passagem das lindas senhoras com seus penteados, jóias e vestidos da moda à la Europa. Depois da esbórnia, às 6h da manhã, o pessoal da limpeza achou 37 lenços, 24 cartolas e chapéus, 8 raminhos de corpete, 3 coletes de senhoras e 17 ligas.
A cidade viveu uma febre de bailes, concertos e festas que iam até o raiar do dia. E um par constante e bons 'pés de valsa' era formado pelo Conde D'Eu e sua esposa a Princesa Isabel, dançando valsas e a novidade do momento, a polca.
Machado de Assis registrou em versos o que era a polca:
"É simples, quatro compassos
E muito saracoteio.
Cinturas presas nos braços,
Gravatas cheirando o seio"
E depois da polca vieram outros estilos dançantes, como o choro e o maxixe que se espalhou pelo país e fez sucesso até lá fora, comprovando o molejo de um povo que tinha tendência aos requebros do corpo e grande sensibilidade musical na alma.
E o carioca começava a se firmar na fama de boêmio que, pelo visto, segue até hoje.
RiR-2013
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