Natureza
Um pouquinho de medo faz bem
A frase da música Epitáfio dos Titãs: "O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído" ficou martelando em minha cabeça quando percebi que poderia ser usada para ilustrar um caso como o de ontem. Honestamente, eu não concordo com isto, pois não sou de confiar no acaso, pelo contrário, sou bem precavida, até mesmo para andar pelas ruas de meu bairro que tem muitos prédios em construção, fico atenta.
Estou sempre olhando para cima, pois lá também reside o perigo, por conta de guindastes que levantam enormes barras de cimento, vergalhões, ou todo tipo de material usado pelas obras. Se eu levar ao pé da letra a música dos Titãs, qualquer dia desses um enorme tijolo poderá cair em minha cabeça e darei tchau ao mundo rapidinho, o que não é minha intenção tão cedo.
O que quero dizer exatamente é que muitas vezes temos condições de prever certas situações que poderão resultar em violência contra nós mesmos ou até mesmo evitá-las atravessando apenas uma rua.
Eu sei que poderão dizer que tantos cuidados assim, acaba nos deixando paranóicos ou até mesmo medrosos, mas eu prefiro ser medrosa do que me expor tão displicentemente, pois muitas vezes quando sentimos medo e paramos para pensar e agir é o tempo que precisamos para nos livrar de alguma grande roubada.
Voltando da rua ontem, visualizei um operário numa ação completamente absurda, sem cuidado e de uma forma desafiadora com a vida, pois tinha cada pé sobre os canos do andaime em que estava dependurado há mais de 9 andares de altura. Ele puxava, com a ajuda de uma enorme vara, aquele véu que cobre os edifícios em obras.
Isso é um perigo real, portanto as pessoas parecem brincar com suas vidas, não a valorizam e é assim que acontecem os acidentes e mortes fatais. Para nós que assistimos, é um espetáculo sem graça, beirando o horror.
Definitivamente, o acaso não vai te proteger em momentos assim. De certo aquele homem precisa trabalhar, mas existem formas de se precaver contra acidentes, de antever o perigo e se resguardar, e ele deveria estar amarrado ou apoiando os pés em algo mais sólido que não os dois canos do próprio andaime.
Quase tenho um troço vendo uma cena dessas, mas por aqui isto é muito comum e, mesmo que eles ganhem das construtoras o material necessário para proteção, preferem não usá-lo e se expõem assim, tão deliberada e gratuitamente.
Ouvir, perceber, estar atento a um pequeno sinal de advertência, poderá nos salvar em meio ao cotidiano acelerado que a vida moderna nos impõe. Portanto, um pouco de medo, cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém, não acham?
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