Natureza
Só cinco! Que papo é esse?!
Um estudo feito pelo Instituto Max Planck, de Rostock , na Alemanha, aponta que nos últimos 50 anos, as mulheres passaram a se interessar mais pela carreira profissional e assim perdeu-se cerca de dois anos naquilo que costumava ser a "crise dos sete anos" nos casamentos - passou, então, para cinco anos.
Diz a pesquisa que depois da lua-de-mel que seriam pouco menos de cinco anos, marido e mulher entrariam em uma segunda etapa, de cansaço e desilusão recíproca.
Como eu já passei pela tal fase e não aconteceu nada, fiz inclusive 25 anos de casada agora em dezembro último, fico pensando cá com os meus botões se somos anormais, se temos algum distúrbio, sei lá! Afinal, sentimos saudades um do outro quando estamos como agora - ele lá no Sul a trabalho e eu aqui esperando-o e ainda tanto amor e companheirismo em nossas vidas. Fazemos planos até para o fim de semana, ficar juntinhos, ir a uma praia ou cinema e coisa e tal. Estamos sempre conectados, por telefonemas ou pensamentos emanando bons fluidos um para o outro no nosso dia-a-dia.
Se há desentendimentos, claro que sim! Mas o que nunca pode é a gente perder a ternura ou a capacidade para contornar as coisas e chegar a um bom termo, privilegiando antes de tudo o que um dia prometemos de cuidar um do outro.
Sabem o quê mais, eu acho que está faltando pequenas doses de algumas coisas nos casamentos hoje em dia, como por exemplo o que diz neste texto Artur da Távola, que morreu há poucos meses e que melhor que político era seu dom para escrever e dizer certas verdades:
"A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue, a sedução tem que ser ininterrupta.
Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança acabamos por sepultar uma relação que poderia ser eterna. Casaram. Te amo pra lá, te amo pra cá.
Lindo, mas insustentável.
O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas. Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes nem necessita de um amor tão intenso.
É preciso que haja, antes de mais nada, respeito.
Agressões zero.
Disposição para ouvir argumentos alheios.
Alguma paciência...
Amor, só, não basta
Não pode haver competição. Nem comparações.
Tem que ter jogo de cintura para acatar regras que não foram previamentecombinadas.
Tem que haver bom humor para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades.
Tem que saber levar.
Amar, só, é pouco.
Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas pra pagar.
Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar.
Não adianta, apenas, amar."
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