Os encontros maravilhosos que a vida nos oferece
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Os encontros maravilhosos que a vida nos oferece



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Quando apresentei meu blog tempos atrás a uma amiga de longa data chamada Sylvia Regina, ela ficou entusiasmada e lendo meus posts, disse-me que uma outra amiga dela tinha ido morar também em
Petrópolis e que gostaria muito de me apresentar, pois tínhamos mais ou menos o mesmo jeito bem humorado de ver e contar a vida. Ela achava que nosso encontro só poderia dar em boa amizade. E um dia, conversando com a Sylvia, disse-lhe que de noite iria ao teatro municipal da cidade para ver a apresentação do maestro João Carlos Martins, que contei tudo aqui neste post, ela aí me disse que, com certeza, eu iria encontrar a Leila por lá, a tal amiga que ela tanto queria me apresentar.
Eu mandei avisar então a ela, Leila, que estaria usando um cachecol rosa pink com algo todo preto, fácil de ser identificada, portanto.
E naquela noite eu olhava para um lado e pro outro, antes de entrar no teatro para ver se a Leila me acharia por ali, afinal, o teatro de uma cidade de interior não é tão grande assim!  Mas, nada, ninguém se aproximou de mim naquela noite, nem na entrada e nem na saída! Fiquei desolada, pois imaginava enfim conhecer a Leila tão falada.
Esqueci o caso.

Uma tarde, passeando por Itaipava com o marido, estava numa boutique vendo umas roupas, entram duas mulheres e começam a ver também algumas peças penduradas. Súbito, uma delas olha bem pra mim e me pergunta: Desculpa, mas você é a Beth Lilás?
Bem, disse-lhe, sou sim. (meio sem graça e surpresa) Você lê meu blog?
Aí ela me conta que é a tal amiga da Sylvia Regina, aliás, nossa amiga Sylvia, e que me reconheceu porque volta e meia lia meu blog e viu uma foto minha nele. Vejam só e eu nem sou de colocar tanta foto minha por aqui!  Mas, a Leila é muito boa fisionomista e uma pessoa perspicaz e inteligente. 
Abraços e beijinhos nela e sua irmã que ali estava e ficamos amigas de infância naquele instante.
Dali em diante visitamo-nos mutuamente lá na serra, volta e meia ela e o namorado fazem um jantarzinho no belo apartamento Art Déco do Quitandinha e ela, além de tudo isso, toca piano e lê poesias ou algum belo texto para a gente.

Agora a Leila acaba de escrever um livro e eu fui nesta terça-feira ao lançamento do mesmo lá na Lapa, onde ela reuniu contos e crônicas deliciosos no caminho que a música fez em sua vida. Afinal, ela foi professora de música na Rede Municipal e no CAP/UERJ. E lá também estava nossa amiga de sempre, a Sylvia Regina, que fez a ponte para esta bela amizade.

Abaixo, um pouquinho dos muitos devaneios cotidianos de Leila Faour, minha amiga e escritora.

Amor correspondido

Sim, é a mais pura verdade.  Não foi um sonho.  E foi no Leblon, numa linda
tarde iluminada pelo sol oblíquo do início do outono.
Por volta das quatro da tarde vinha eu a pé, pela Delfim Moreira: tênis Nike, calça
de lycra azul e camiseta branca.  Lembro-me perfeitamente de todos os detalhes,
apesar de já terem se passado uns dez anos.  Acelerei o passo num aquecimento
para a caminhada que faria pouco antes da faixa do pedestre.  O sinal fechou para
os carros e, não é que pára bem na minha frente um Vectra verde-escuro, com
ninguém mais, ninguém menos ao volante do que Chico Buarque de Hollanda?

Ele vestia uma camisa cor-de-rosa e o vidro da janela do seu carro estava uns três dedos aberto - o suficiente para eu visualizar seus famosos olhos cor de ardósia, assim que ele virou a cabeça em minha direção.

Ficamos a um metro de distância um do outro.  Ele largou o voltante e pegou o celular e um papelzinho que
deveria ter um número de telefone. Mas, não ligou.  Olhou-me, novamente, tipo assim, olhos nos olhos,
apesar d'eu estar usando grandes óculos escuros.

Permanecemos assim - porque não dizer? - naquele idílio amoroso, em silêncio, pelo tempo infinito do sinal
fechado.  Meu ídolo e eu.

Ao contrário da canção "Sinal Fechado", não houve diálogo verbal.  Eu não disse uma palavra porque fiquei
paralisada.  Ele, também, nada disse, porque, como todos sabem, é tímido . . .

Mas, num impulso derradeiro, assim que o sinal abriu e ele já dava a partida no carro, fiz um biquinho com
os lábios e mandei-lhe um beijo ao vento.  E não é que ele me retribuiu!



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Este e outros contos você poderá ler ou presentear algum amigo(a) neste Natal através do site abaixo:
http://editoramultifoco.com.br/literatura-loja-detalhe.php?idLivro=1034&idProduto=1066







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