Natureza
Liberando Oxitocina
Na sexta-feira passada fui ao jantar de aniversário de uma prima em Itaipú, região oceânica aqui de Niterói.
Ela fez a festa em sua própria casa e, como sempre, uma delícia tudo, desde a mesa de entrada ao jantar, sobremesas e vinhos servidos. Ela é ótima anfitriã e tem muitos amigos.
De repente, para refrescar um pouquinho minha alma esbaforida do calor que ainda não me acostumei por aqui, fui para a varanda onde tinha uma mesa comprida e minha prima e outras mulheres ali sentadas mantinham uma conversa bastante animada. Reuni-me logo ao grupo, acomodando-me com uma taça de lambrusco nas mãos e as idéias já alegres e descontraídas pelo efeito mágico que o vinho nos causa. E a conversa rolou solta, muitas risadas e estórias engraçadas que cada uma contava, tudo numa descontração geral e parecendo que nos conhecíamos de longas datas. Na verdade uma ou outra já se conheciam ali, mas a empatia do grupo fez com que nos entrosássemos rapidamente e uma estória dava gancho para uma outra diferente. Não ficávamos caladas nem um minuto, um assunto entrava noutro com a simplicidade e rapidez que só a mulherada imprime nestas horas.
Na mesa redonda ao lado, um grupinho de homens também conversava e dei uma esticada nas orelhas para ouvir do que falavam. Fiquei curiosa porque eles não falavam com a mesma empolgação que nossa mesa e, de vez em quando fazia silêncio entre eles e nos olhavam com sorriso nos lábios, talvez achando que nossa mesa era mais interessante ou nos achando engraçadas em nosso falatório e gargalhadas.
Mais uma vez constatei que nós, mulheres, somos mesmo muito diferentes, gostamos de estar juntas e falando ou rindo de preferência. Lembrei-me de um estudo que li há pouco tempo, dizendo que o processo de conversar, interagir, trocar idéias é próprio do sexo feminino e chega a ser uma experiência de cura. Através de nossas conversas animadas, liberamos o que chamam os cientistas de Oxitocina que nada mais é que um hormônio ligado ao que as pessoas sentem ao, por exemplo, abraçar seu parceiro de longa data ou ajudando as pessoas a ficarem juntas. Alguns especialistas a denominam 'hormônio do amor'. Em outras palavras, a confiança gera Oxitocina e o hormônio estimula a generosidade e os laços entre as pessoas. (fonte aqui)
Eu vejo também que muitas mulheres sobrevivem aos homens de forma consistente, mesmo quando ficam viúvas, pois buscam ajuda nas conversas com amigas, não se isolam. Afinal não ter amigos íntimos ou confidentes, acaba sendo tão prejudicial à saúde como o fumo ou quando se carrega um peso extra.
Acho que é por isso que os homens têm o nível de estresse maior que nós, pois não conseguem interagir dessa forma, fazendo e cultivando amigos ou simplesmente conversando e falando de seus anseios ou dificuldades. Aliás, isso não fazem de jeito nenhum, mas falam do time de futebol do coração, do trabalho, das viagens, mas de si ... nunquinha! É notório que quando a mesa é mista, os homens falam um pouco mais, principalmente de si próprios e de suas expectativas diante da vida, mas entre eles, os assuntos não passam do trivial.
Pois eu acho que para nos manter saudáveis e até mesmo acrescentar anos à nossa vida, isto é fundamental. É como uma fonte de força mútua e que acabamos educando uns aos outros ou vendo no outro que tem o mesmo problema, alegrias, anseios ou dificuldades que nós.
Portanto, amigos nos ajudam a viver melhor e é menos provável que tenhamos deficiências físicas ou mentais quando temos uma vida alegre ou compartilhada em bons relacionamentos.
Não preciso dizer que os homens da mesa ao lado foram aos poucos 'abduzidos' pela nossa mesa alegre e um ou outro já prestava atenção às nossas gargalhadas, curiosos, meio tímidos, mas com uma vontade enorme de sentar ali com a gente.
Por isso mulherada e homarada, não esqueça de liberar hoje ainda sua Oxitocina. Faz bem e rrrrrrrrecomendo!
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