Eu acredito no casamento
Natureza

Eu acredito no casamento



(Terra)


Abdullah Adiguzel e Elif completam 90 anos de casados, na província oriental de Malatya. Eles têm 112 e 110 anos de idade, respectivamente, viram juntos a queda do Império Otomano, acompanharam o surgimento de novos países e sonham em continuar unidos até que a morte os separe


Fiquei um certo tempo olhando para esta foto hoje e um misto de muitos pensamentos me vieram à cabeça, tais como: que incrível, como puderam estar vivos e juntos há tanto tempo!; caramba como se parecem até!; quanta coisa passaram nesta vida e sempre juntos! 
E assim fiquei divagando, até observar o narigão de turco que cada um tem, aí vi que estava fugindo da cena e retornei ao cerne da questão, assim minha atenção ficou mesmo no fato concreto que a fotografia insere, isto é, o casamento duradouro destes dois centenários e logo me transportei para os dias atuais, onde casamento, união, matrimônio ainda existem, mas são raros os que passam verdade, que transmitem o amor entre si e duram até que a morte os separe.


Há mães que dizem com franqueza e displicência - Ah, se não der certo, separam!  E filhos que ouvindo isso desde sempre, casam e não têm a menor paciência ou persistência em segurar uma relação e logo, dizem adeus um ao outro e todo o esforço feito para realizar aquele casamento acaba-se sem mais nem menos.   Já vi cerimônimas caríssimas e lindas , mas que a união durou um breve espaço de tempo.


Sabemos que o casamento foi mudando muito em sua estrutura, posto que o patriarcado era o que dominava até o  início e meio do século XX e muitas mulheres não tomavam iniciativas para uma separação por medo do que a sociedade da época fazia a elas, punindo-as com o isolamento e a desonra de ser chamada de 'mulher desquitada'.  Depois, a partir da década de 70, com a inserção da mulher no mercado de trabalho, trouxe a liberação em quase todos os sentidos, inclusive no casamento e a falta de tolerância para mantê-lo.


Sinto que o egocentrismo parece ser o fator primordial nas relações humanas de hoje e até mesmo entre marido e mulher.  Já observei mulheres que competem com seus maridos quando falam de seus trabalhos e maridos que reclamam do fato de serem chamados ou reconhecidos como o 'fulano, marido da sicrana'.  


A coisa tá meio errada e precisamos orientar bem nossos filhos para suas opções no futuro, não induzi-los a uniões que poderão se fazer rápidas e se desfazerem em um piscar de olhos, deixando pessoas tristes, magoadas e cada vez mais individualistas.





Este post foi feito para pensar e interagir, portanto, deixo algumas perguntas: Como você vê o casamento hoje em dia?  Acredita que devemos trabalhar a tolerância e o exercício de dividir e não priorizar nossas vontades individuais?







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