É feio, mas eu também fiz.
Natureza

É feio, mas eu também fiz.


 (Imagem Corbis)

É isso mesmo que vocês estão vendo!  Como assim, nunca colou?!  Nunca escreveu algumas fórmulas numa tirinha de papel ou na borracha?  Ah, não acredito!  Pois eu confesso: colei!

Nós, meninas, até debaixo da saia escondíamos algum papelzinho para puxar naquela questão tenebrosa de matemática que tinha uma fórmula que insistia em não colar em nossa cabeça, então estava lá no papelzinho colada: D = b²-4ac. 

Eu não sei se eu era boa em colar, com certeza não, mas era boa em fazer a cola.  Perdia tanto tempo escrevendo em letrinhas miúdas numa tirinha e depois ela virava uma sanfoninha que eu levava em todas as provas. Por desencargo de consciência, pois na verdade, de tanto escrever e ler sobre a matéria, acabava decorando ou estudando a mesma e na hora H eu nem puxava o tal papelzinho, pois lembrava de tudo, e acabava ficando lá, na barra da saia ou dentro do estojo de canetas e às vezes até escrito na perna ou numa borracha.  Ahhh, fala sério!  Eu nunca soube pra quê eu tinha que decorar tanta fórmula ou aqueles nomezinhos infames nas provas de Ciências!

Mas eu também era boa de dar cola e assim fazia em português ou francês numa permuta amigável com algum coleguinha que não era lá essas coisas nessas matérias, mas entendia muito de Ciências ou Geografia.

Colar tem arte, perspicácia e de um certo modo inteligência, pois nada adiantaria se algum colega me falasse baixinho a resposta da questão no.9 de uma prova de História, por exemplo, se eu não tivesse lido nada sobre a matéria, na certa deixaria em branco a resposta.  E inteligência foi o que faltou a um colega nos tempos de segundo grau, quando ao colar diretamente de um livro debaixo da carteira escolar, completamente absorto no que estava copiando, colocou tudo conforme lá estava, ficando assim no final: 'conforme descrito no capítulo III, página 159 do livro tal."
Ganhou um zerão da professora e a gozação de toda a turma depois.  

Esses pequenos "lembretes" que eu fazia nos tempos de ginásio vieram à minha lembrança há pouco, vendo um filminho bobo, desses de adolescentes americanos, puro passatempo para uma noite insone e fria como esta.

Nos dias de hoje em que abominamos ver as fraudes em todos os segmentos públicos, inclusive nas provas de exames escolares importantes pelo país, este ato perdeu aquele tom quase ingênuo praticado pelos alunos de antigamente.  Dizem até que jogadas sofisticadas, utilizando mecanismos tecnológicos como minicelulares ou canetas que fotografam a tela da prova do aluno ao lado, ou coisas desse gênero, já são hoje aplicados na forma de grandes golpes e que têm e devem ser combatidos veementemente.  E nos Estados Unidos já fazem monitoramento de provas, diretamente de uma sala, onde um fiscal acompanha os gestos de algum aluno suspeito, e de lá mesmo direciona um zoom sobre o espertinho e grava o delito em CD.   Uia, que fria!

Pois é, meus amigos, eu colei!  E atire a primeira pedra quem nunca o fez ou, pelo menos, tentou e não conseguiu, ou espichou o olho para a prova do colega do lado!

Tempos bons de colégio, mas o que eu contei ... por favor, abafa!










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