De Orlando a Key West - Flórida
Natureza

De Orlando a Key West - Flórida




Eu viajei neste final de ano para os Estados Unidos e mais uma vez me encantei com tudo que vi naquele imenso país cheio de contrastes, com tanto conforto, comodidade, 'no stress', muita gente, muito carro, todos enormes, mas tudo anda, flui. Pontes imensas, viadutos, rodovias e estradas amplas, ninguém se encosta e nem ultrapassa, não é preciso, não há engarrafamentos por conta de carros velhos quebrados ou ultrapassagens abusivas. O aluguel de carros é relativamente barato, comparado com o Brasil e os pedágios são 'peanuts' diante das confortáveis estradas pela frente.
Acidentes acontecem lá também pelo descuido humano, mas percorremos mais de 1200 km sem nenhum susto, sempre curtindo a natureza e a paisagem estonteante que nos era oferecida da janelinha do carro.
Vou relatar algumas constatações dessa viagem, sem a preocupação de avaliar nenhum aspecto político-econômico ou político-ambiental, mas simplesmente das coisas que vivi e as quais não posso negar que foram extremamente prazerosas, assim como extremamente confortáveis. Os USA oferecem, não só ao seu povo, mas a todos que o visitam uma condição de praticidade de vida que não se enxerga em nenhuma outra parte do mundo, por isso é tão bom e nada cansativo viajar dentro daquele país.

Falar de Orlando, Disney e seus parques, outlets e shoppings nem vejo necessidade, quase todo mundo já sabe as maravilhas que é tudo aquilo criado para a diversão humana, portanto é ser redundante e não vou me alongar muito. Só digo que a escolha para comemorarmos um marco em nossa vida de casados (30 anos), foi a escolha certa e muito divertida, fazendo-nos voltar com a cabeça bastante leve por tudo que vimos e vivemos naquelas semanas e depois, toda pessoa deve se permitir momentos que o façam esquecer de tudo e mergulhar no mundo encantado de quando era criança e foi assim conosco, simplesmente maravilhoso, inesquecível.
Às vezes é preciso deixar a nossa criança interior aflorar para viver o momento com paixão.

Numa noite fomos assistir um jogo da NBA no incrível estádio do Orlando Magic em downtown.

Miami Beach foi uma surpresa fantástica, não imaginava que fosse tão moderna,  incrivelmente bela com seus ancoradouros para grandes navios e iates dos ricos e famosos, transportes modernos, metrô de superfície e facilidade para ir e vir.
Costumamos fazer sempre, em qualquer lugar que visitamos no mundo, um sightseeing para ver de cima toda a cidade, isto nos dá uma enorme noção do local e podemos também obter ótimas fotos.
Em South Beach a arquitetura Art-Déco bem preservada e de bom gosto faz-nos viajar no tempo, nos chamados tempos dourados e faz uma diferenciação gritante entre os dois lados que atravessamos da enorme ponte, onde um lado é moderníssimo e o outro no estilo antigo e bem conservado.  Os bairros que cercam, como Coconut Grove, Coral Gables e a forte influência latina, principalmente cubana que impera na cidade e que ajudou sobremaneira aquele estado a ser a potência que é hoje. Miami é rica e belíssima!

De uma maneira geral, somos turistas auto-suficientes, não fazemos os mesmos circuitos que as pessoas em excursão sempre fazem, assim, pegamos a estrada para baixo de Miami e fomos conhecer o extremo sul dos Estados Unidos. Gostamos disso, pois podemos parar onde bem entendemos, olhar mais devagar tudo a nossa volta, sem horários marcados.  Atravessamos então o que eles chamam de "Florida Keys", um extenso conjunto de pequenas ilhas, ligadas por pontes e estradas moderníssimas sobre o mar azul do Caribe.  Centenas de quilômetros de estradas bem cuidadas.  O caminho dessas Keys compreende: Key Largo, Islamorada, Marathon, Big Pine Key e Key West, nossa última parada. Para nossa surpresa, em vários trechos, vimos placas indicativas de que os trabalhadores daquelas estradas eram presos da Colônia Penal de alguma região dali perto, uma excelente mão de obra e que deveria ser utilizada também aqui em nosso país.

Nós decidimos ir até aquela última ilha, chamada Key West, porque na verdade ela fica somente a 90 milhas de Cuba e é um ponto estratégico dos USA no seu extremo mais sul. Isso nos deu uma imensa curiosidade de ver de perto.

Para além do maravilhoso visual da estrada com o mar à nossa volta, Key West é reduto de artistas, pintores e suas paletas, e ficou muito conhecida nos anos 30 quando o famoso escritor americano Ernest Hemingway fincou  pé na paz e beleza do lugar e escreveu seus mais famosos romances, como:  Adeus às Armas, Por quem os Sinos dobram, As Neves do Kilimanjaro e outros mais. Sua casa é hoje um interessante museu com as coisas que lhe pertenceram, recordações de viagem, a biblioteca e peças do mobiliário. Ali em frente ao Museu Hemingway nos hospedamos, num hotelzinho charmoso e todo no clima local, de casas feitas em madeira e como era época natalina, muitas eram enfeitadas com bom gosto ou singeleza.

O farol da cidade é ali também, junto ao museu e ao hotel, e tem uma bela vista lá de cima da cidade inteira.
A principal rua deste simpático vilarejo chama-se "Duval Street" e depois das tardes iluminadas e banhadas pelo sol dourado, com lojinhas de compras, muitas galerias de arte, uma cena de arte vibrante enchendo de pessoas pra lá e pra cá alegres, coloridos, passeando a pé ou em bicicletas enfeitadas, tudo isso sempre encontrando no meio do caminho galinhas e pintinhos que não se intimidam com as pessoas e nem com os carros bacanas. Muitos restaurantes de um lado e outro da Duval Street, com cardápios de peixe fresco, culinária internacional e lagostas, baratíssimas por sinal.  No happy hour, restaurantes com música ao vivo e dançarinas, country music, jazz, blues, pra todos os gostos em muitos barzinhos e restaurantes.  Um mix cultural energético e dizem até perigoso, pois o tal "mal das Keys" é a súbita vontade de cortar laços, esquecer da vida e do nosso cotidiano e se mudar pra lá de vez. Juro que dá vontade, principalmente quando o sol se põe na Mallory Square com um restaurante todo voltado para o mar, de frente para o astro rei. Um colorido laranja se instala em toda a extensão do grande pátio de madeira onde as pessoas, hipnotizadas, admiram aquele momento festivo do pôr do sol.  Uma margarita vai bem nesta hora.




Há muitos galos e galinhas espalhados pela cidade, assim como pelicanos, pombos e gaivotas no cais, dizem que na região havia uma proibição de caçar aves silvestres, desta forma, eles começaram a ser protegidos.
 O marco zero - 90 milhas de Cuba




Mansões vitorianas, pôr de sol no mar, gente bonita, pelicanos no cais, tour nos ônibus transformados em trenzinhos, galos, galinhas e pintinhos no meio disso tudo ciscando tranquilamente, um certo ar de magia, leveza, deixando na gente a sensação de que o final da viagem na Flórida  ainda não acabou e que em breve estaremos voltando.








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