Viver mais e melhor.
Natureza

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Este post veio à propósito da nova data criada no calendário para celebrações, O dia dos avós, comemorado alegremente, na maioria, por pessoas de meia idade neste 26 de julho, e lembrando-me de uma entrevista que ouvi da médica brasileira, especialista em Geriatria e consultoria aplicada para a Longevidade, a Dra. Andrea Prates, juntando agora com a edição da revista Época desta semana, que dedica a sua reportagem de capa sobre a busca do segredo dos octogenários que são independentes, produtivos – e felizes. A Universidade de São Paulo cadastrou 130 idosos para estudá-los, entre eles o cardiologista Adib Jatene, o economista Delfim Netto, a atriz Beatriz Segall, a bailarina Ruth Rachou, a professora Cleonice Berardinelli e o escritor Zuenir Ventura.
Exemplos vivos do que vem a ser longevidade nos dias atuais e pessoas inspiradoras para podermos pensar em como viver bem e mais, sendo ou não avô ou avó.

Uma coisa é viver bastante e outra, viver plenamente. Longevidade é viver muito e bem,e é uma oportunidade que estamos tendo agora, de mais vida do que o homem teve nos séculos anteriores.

Estudos científicos comprovam que hoje já vivemos 30 anos a mais do que nossos avós viveram, então o que fazer com esta maravilhosa oportunidade?

Na semana passada em que nos despedimos de três grandes personalidades brasileiras e ainda bastante ativas culturalmente, como foram João Ubaldo Ribeiro (73 anos),  Ariano Suassuna (80 anos) e Rubem Alves (81 anos), este último já com o Mal de Parkinson, mas demonstrava muita vida e lucidez dentro daquele corpo que já não comportava tanto aquilo. 

Disse ele em "Do Universo à Jabuticaba":  "Acabo de voltar de minha longa e cansativa caminhada uma única volta no quarteirão onde vivo ... E não sem cuidadosas precauções. É preciso estar atento aos transeuntes enquanto se anda.  Para evitar colisões. Uma colisão entre jovens é apenas uma colisão. Mas, quando é um velho que colide com um jovem ou uma criança, pode acontecer uma fratura ...
Calçadas são armadilhas, buracos e pedras que desequilibram os pés.  Por isso é importante não largar a bengala que, além de contribuir para o equilíbrio, dá como consolo, um certo ar de dignidade."

E para que esta nova safra de pessoas com idade superior a 50 anos e que está querendo se preparar e ser parceira do tempo aceitando com vigor a velhice, faz-se necessário que haja pequenas intervenções favoráveis para se viver bem e dignamente. Intervenções feitas pela sociedade e pelas instituições, facilitando a vida das pessoas, dando mais mobilidade, como: um entorno mais favorável com calçadas sem buracos e desníveis; veículos urbanos que facilitem a subida e descida sem acidentes; semáforos que demorem um pouco mais de tempo para que as pessoas possam atravessar com calma as ruas, enfim, projetos de cidades amigas dos idosos que não tenham tantos ambientes desfavoráveis e estressantes.

A médica Andrea Prates frisou em sua entrevista a palavra Resiliência, que é  basicamente um conceito de darmos a volta por cima em algumas coisas, manter os projetos de vida, ter curiosidade, estar abertos a manter as amizades ou fazer novas, ter uma rede de apoio na família e na sociedade, manter sempre a função intelectual, refletir sobre a sociedade, exercitar o cérebro e o físico, não perder o bom humor, ser mais positivo e alegre, se conseguirmos fazer as conexões entre os neurônios e prolongar, digamos a memória, e esta função cognitiva e intelectual, teremos assim uma maior sobrevida neste processo de 'reinvenção da velhice'.

Existem também conceitos que precisam ser remodelados em nossa sociedade ainda muito preconceituosa, pois criança é criança, jovem é jovem e velho é velho, oras!  Porquê temos que inventar um monte de nomes para mascarar esta fase da vida?
Agora é Terceira Idade, Melhor Idade, Feliz Idade, termos preconceituosos, afinal vemos aí afora pessoas com mais de 60 anos até, e participando de maratonas, palestras, política ...

A vida passa muito rápido e acaba num piscar de olhos. À medida que vamos envelhecendo, temos mais saudades do passado e mais desejamos fazer o relógio andar para trás, porém sabemos que isto não é possível, o presente tem que ser vivido e o futuro nos espera, no entanto devemos observar e nos inspirar no exemplo de pessoas que conseguiram superar as dificuldades com resiliência, apesar de alguns problemas, como é o caso de quem sofreu um câncer, um enfarto, a perda de um ente amado precocemente ou violentamente, mas superou com vontade de viver em plenitude a vida concedida, buscando coisas que realmente gostem de fazer, ter um encanto pela vida, nunca esquecendo de que tudo vai depender muito de nossa postura diante dela para a tão sonhada longevidade.











Hoje, no Estadão, uma matéria interessante para as mulheres,- a nutrição que impede o envelhecimento precoce através do combate aos radicais livres - Veja Aqui.

E AQUI o primeiro condomínio construído para idosos no Brasil.
















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