Natureza
As enchentes em Santa Catarina, que mataram dezenas de pessoas e deixaram milhares desabrigados, são sinais de que o impacto do aquecimento global sobre a Amazônia já está tendo um reflexo sobre o clima da América do Sul, diz artigo na edição desta terça-feira do jornal argentino, "Clarín". Começa então a se cumprir, muito antes do previsto, o que vêm advertindo os cientistas, entre eles os do Painel Inter governamental de Mudanças Climáticas. As tempestades em Santa Catarina, simultaneamente às fortes secas no Chaco, em Buenos Aires, La Pampa, Santa Fé e Córdoba são citados pelo artigo como reflexos de mudanças na Amazônia.
A chuva que assolou Santa Catarina deixou mortos, desaparecidos e desabrigados. Os alagamentos e soterramentos atingiram diversas cidades e danificaram acessos e estradas.
A região do Vale do Itajaí-Açu é a mais atingida. Os munícios de Blumenau, Ilhota, Gaspar, Rio dos Cedros, Nova Trento, Camboriú e Benedito Novo declararam estado de calamidade pública. Em Blumenau 20 pessoas morreram soterradas. As ruas da cidade estavam tomadas pela lama, segundo imagens da TV, apesar de a chuva ter dado uma trégua. Mas 150 mil pessoas ficaram sem energia elétrica no município, segundo a Defesa Civil. No Morro do Baú, em Ilhota, mais de 150 moradores isolados foram resgatados e é possível que haja pessoas soterradas. Outros sete municípios estão em situação de emergência: Balneário Piçarras, Canelinha, Indaial, Penha, Paulo Lopes, Presidente Getúlio e Rancho Queimado. O município mais castigado pelas chuvas continua sendo Rio Bonito que apresenta maior risco de novos alagamentos e deslizamentos de terra.
Subiu para 114 o número de mortos devido a alagamentos e deslizamentos de terra que ocorrem desde o final de semana passado no Estado. A informação foi divulgada às 20h27 deste domingo. Segundo a Defesa Civil do Estado, a tragédia deixou 27.410 pessoas desabrigadas e 51.297 desalojadas. Dezenove pessoas continuam desaparecidas.
Também hoje, o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique, afirmou que é preciso rezar para que as chuvas cessem. Segundo ele, após quatro meses de chuva contínua, o solo não suporta mais novas chuvas.
Para o início da semana está previsto mais chuva, devido a formação de uma frente fria no Sul do Brasil, mas desta vez atingindo todo o estado, inclusive o Oeste onde não chove há quase duas semanas na maioria dos municípios. Há risco de temporal isolado com ventos mais fortes, especialmente na divisa com o RS. Fica desta forma, a atenção voltada para a região da Grande Florianópolis, Vale do Itajaí e o Litoral Norte onde os níveis dos rios estão mais elevados e o solo encharcado, sem tempo para mudar essa cenário.
O último trecho interrompido da BR-101 em Santa Catarina foi liberado neste domingo. Às 22 horas, segundo a Polícia Rodoviária Federal, a fila era de 25 quilômetros, no local. O ponto que passa pelo Morro dos Cavalos, em Palhoça, estava há uma semana interditado.
A Defesa Civil de Santa Catarina alerta a população que deseja colaborar com os atingidos pelas enchentes para tomarem cuidado com falsas mensagens de ajuda, enviadas por e-mail, divulgando números de contas bancárias para depósitos de doações em dinheiro. De acordo com os técnicos da Defesa Civil catarinense, o órgão não envia mensagens eletrônicas com pedidos de auxílio aos desabrigados.As empresas ou pessoas de outros estados que tiverem interesse em fazer doações para as vítimas das enchentes de Santa Catarina devem entrar em contato com o Departamento Estadual de Defesa Civil do Estado.
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Natureza
Santa Catarina Urgente
As enchentes em Santa Catarina, que mataram dezenas de pessoas e deixaram milhares desabrigados, são sinais de que o impacto do aquecimento global sobre a Amazônia já está tendo um reflexo sobre o clima da América do Sul, diz artigo na edição desta terça-feira do jornal argentino, "Clarín". Começa então a se cumprir, muito antes do previsto, o que vêm advertindo os cientistas, entre eles os do Painel Inter governamental de Mudanças Climáticas. As tempestades em Santa Catarina, simultaneamente às fortes secas no Chaco, em Buenos Aires, La Pampa, Santa Fé e Córdoba são citados pelo artigo como reflexos de mudanças na Amazônia.
A chuva que assolou Santa Catarina deixou mortos, desaparecidos e desabrigados. Os alagamentos e soterramentos atingiram diversas cidades e danificaram acessos e estradas.
A região do Vale do Itajaí-Açu é a mais atingida. Os munícios de Blumenau, Ilhota, Gaspar, Rio dos Cedros, Nova Trento, Camboriú e Benedito Novo declararam estado de calamidade pública. Em Blumenau 20 pessoas morreram soterradas. As ruas da cidade estavam tomadas pela lama, segundo imagens da TV, apesar de a chuva ter dado uma trégua. Mas 150 mil pessoas ficaram sem energia elétrica no município, segundo a Defesa Civil. No Morro do Baú, em Ilhota, mais de 150 moradores isolados foram resgatados e é possível que haja pessoas soterradas. Outros sete municípios estão em situação de emergência: Balneário Piçarras, Canelinha, Indaial, Penha, Paulo Lopes, Presidente Getúlio e Rancho Queimado. O município mais castigado pelas chuvas continua sendo Rio Bonito que apresenta maior risco de novos alagamentos e deslizamentos de terra.
Subiu para 114 o número de mortos devido a alagamentos e deslizamentos de terra que ocorrem desde o final de semana passado no Estado. A informação foi divulgada às 20h27 deste domingo. Segundo a Defesa Civil do Estado, a tragédia deixou 27.410 pessoas desabrigadas e 51.297 desalojadas. Dezenove pessoas continuam desaparecidas.
Também hoje, o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique, afirmou que é preciso rezar para que as chuvas cessem. Segundo ele, após quatro meses de chuva contínua, o solo não suporta mais novas chuvas.
Para o início da semana está previsto mais chuva, devido a formação de uma frente fria no Sul do Brasil, mas desta vez atingindo todo o estado, inclusive o Oeste onde não chove há quase duas semanas na maioria dos municípios. Há risco de temporal isolado com ventos mais fortes, especialmente na divisa com o RS. Fica desta forma, a atenção voltada para a região da Grande Florianópolis, Vale do Itajaí e o Litoral Norte onde os níveis dos rios estão mais elevados e o solo encharcado, sem tempo para mudar essa cenário.
O último trecho interrompido da BR-101 em Santa Catarina foi liberado neste domingo. Às 22 horas, segundo a Polícia Rodoviária Federal, a fila era de 25 quilômetros, no local. O ponto que passa pelo Morro dos Cavalos, em Palhoça, estava há uma semana interditado.
As contas bancárias abertas para receberem doações para os flagelados pelas chuvas em Santa Catarina em nome do Fundo Estadual de Defesa Civil registravam na manhã desta sexta-feira (28) um saldo de R$ 3.553.424,00. Deste total, R$ 800 mil foram doados pelo Banco do Brasil (R$ 500 mil) e pelo Bradesco (R$ 300 mil).
A Defesa Civil de Santa Catarina alerta a população que deseja colaborar com os atingidos pelas enchentes para tomarem cuidado com falsas mensagens de ajuda, enviadas por e-mail, divulgando números de contas bancárias para depósitos de doações em dinheiro. De acordo com os técnicos da Defesa Civil catarinense, o órgão não envia mensagens eletrônicas com pedidos de auxílio aos desabrigados.As empresas ou pessoas de outros estados que tiverem interesse em fazer doações para as vítimas das enchentes de Santa Catarina devem entrar em contato com o Departamento Estadual de Defesa Civil do Estado.
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