Orla do Lago Paranoá será revitalizada
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Orla do Lago Paranoá será revitalizada


O Lago Paranoá é a praia da capital federal. Em suas águas despoluídas, os brasilienses nadam, velejam, navegam ou simplesmente admiram o horizonte. Mas o acesso ao espelho d’água ainda é para poucos. A maior parte da margem do lago está tomada por clubes particulares ou mansões. A maioria das áreas públicas está abandonada e sem infraestrutura. Para reaproximar a população do Lago Paranoá e criar novos pontos turísticos em Brasília, o governo vai retomar o Projeto Orla, idealizado há 13 anos mas esquecido na última década. Até o fim deste mês, será lançado o edital de licitação das obras de revitalização da Concha Acústica, que terá uma enorme marina pública, além de quiosques, bares e restaurantes. Outros dois pontos de lazer também ficarão prontos este ano e novos estudos estão em andamento para a ocupação de mais áreas à beira-lago.

Ponte JK
Desde sua inauguração, há quase sete anos, a Ponte JK virou o principal cartão-postal de Brasília. Apesar do sucesso do monumento, os brasilienses têm pouca oportunidade de usufruir da ponte e do Lago Paranoá. A área lateral não foi urbanizada e virou reduto de moradores de rua e de muito mato. Poucas pessoas se arriscam a nadar ou pescar. Mas, até o fim do ano, a ponte vai ganhar uma cara nova. Toda a área entre o monumento e o Setor de Clubes Sul será urbanizada.

O GDF vai investir R$ 2,4 milhões para tirar do papel o Projeto Beira Lago. Ao todo, 43 lotes na região já foram vendidos e alguns restaurantes já funcionam no local, usando como atrativo a vista para o lago. Haverá lojas, com foco nas atividades náuticas, e uma grande marquise à beira-lago. “A revitalização da orla faz parte do programa de governo. O lago tem sido pouco explorado e recebeu poucos investimentos nos últimos anos. Agora, vamos mudar essa realidade”, destacou o secretário Márcio Machado

Um espaço para todos
Democratizar o acesso ao Lago Paranoá e urbanizar as suas margens, preservando o espelho d’água e a natureza. Esse é o desafio do governo com a retomada do Projeto Orla. Até o final do ano, três polos serão inaugurados. Mas o GDF estuda a viabilidade ambiental de outros seis pontos, que poderão receber obras. A Ponte do Bragueto, entre a Asa Norte e o Lago Norte, e a área próxima à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), no fim da Asa Sul, estão entre as prioridades. Um escritório de arquitetura já foi contratado para fazer os projetos e, se aprovados, eles saem do papel até o fim de 2010.

Pelo Projeto Orla, áreas hoje abandonadas, tomadas por mato e ocupadas por moradores de rua, se transformarão em espaços de lazer à beira-lago. Além da urbanização de terrenos, há previsão de construção de marinas e píeres públicos em vários pontos. A ideia é que visitantes e brasilienses que não têm barcos e lanchas também possam navegar pelo espelho d’água em barcos turísticos.

Um dos locais que poderão ser beneficiados com os estudos preliminares do GDF é a Ponte do Bragueto. Hoje, o acesso ao lago nessa área é praticamente impossível. Apenas moradores de rua que vivem sob a ponte e alguns poucos pescadores usam o local. Pela proposta, a pista às margens do lago seria transferida para onde hoje existe o canteiro central, para abrir espaço na beira do espelho d’água.

Também na Asa Norte será construído o Parque da Enseada, na área entre o Iate Clube e o Centro Olímpico da Universidade de Brasília (UnB). O espaço, atualmente abandonado e tomado de lixo e mato, terá uma grande área para shows ao ar livre e três marquises para a circulação de pedestres.

Já no Lago Sul, a grande novidade, também para este ano, será o Parque da Asa Delta, que será feito ao lado do chamado Morro da Asa Delta, na QL 14. O parque existe, mas não oferece infraestrutura. O acesso é difícil e não há opções de estacionamento. “Ao lado do parque, há uma área que será reservada para o uso do Pelotão Lacustre, para que a polícia tenha mais espaço e estrutura para fiscalizar o lago. A ideia é fazer ainda um campo de bocha”, explica o gerente do Projeto Orla, Heleno Carvalho.

Fonte: Correio Braziliense




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