Natureza
Espécies animais com extinção recente
Lista de algumas espécies animais que recentimente deixaram de fazer parte do nosso planeta.
Tigre da Tasmânia ou
Tilacino Thylacinus cynocephalus -> Foi o maior marsupial carnívoro dos tempos modernos. A extinção dessa espécie é atribuída à competição com os humanos indígenas e os com os invasores dingos. Nativo da Austrália e Nova Guiné, acredita-se que se tornou extinto no século XX. Apesar de há muito tempo extinto na Austrália continental desde a época que os colonizadores europeus chegaram, o tilacino sobreviveu até a década de 1930 na Tasmânia. Vários esforços foram realizados para salvar a espécie da extinção. O último tilacino conhecido a ser morto foi baleado em 1930, o animal havia sido visto nas proximidades de galinheiros por várias semanas. O último tilacino em cativeiro foi capturado em 1933 e enviado ao Zoológico de Hobart onde viveu por três anos Este tilacino morreu em 7 de setembro de 1936. Os resultados de buscas subsequentes indicaram uma forte possibilidade de sobrevivência da espécie na Tasmânia até à década de 1960. Apesar das buscas, nenhuma evidência conclusiva foi encontrada para indicar a existência continuada na natureza e o Tilacino foi declarado oficialmente extinto pela União Internacional para a Conservação da Natureza em 1986. A Convenção sob Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagem CITES é mais cautelosa, listando-o como "possivelmente extinto".
Quagga Equus quagga quagga -> É um mamífero equídeo extinto, ao contrário das zebras, estes animais apresentavam listas apenas na metade da frente do corpo, enquanto que os costados eram de cor castanha lisa. A extinção dos quagga deveu-se à caça massiva pelos colonos, que procuravam a sua carne e pele. O último animal foi caçado em 1878 e o último exemplar morreu no Jardim Zoológico de Amesterdã em 1883. O projeto Quagga, graças à diversidade genética da zebra, e a sua proximidade ao quagga, conseguiu reconstruir um animal muito semelhante ao quagga através de cruzamentos seleccionados e que foram libertados na natureza.
Sapo dourado Bufo periglenes ->Está classificado pela IUCN como extinta. Desde 1989 não se avistou mais nenhum indivíduo desta espécie. A espécie, que foi descoberta em 1960, só foi avistada numa pequena região de grande altitude em Monteverde, numa área de aproximadamente 10 km². A extinção do sapo-dourado é citada como exemplo do declínio das populações de anfíbios. Entre as causas para a sua extinção são apontadas as mudanças climática devido ao aquecimento global.
Pombo passageiro Ectopistes migratorius -> Foi provavelmente a ave mais abundante no planeta. Estima-se que tenham chegado a existir mais de 5 biliões de indivíduos nos Estados Unidos. Caçados maciçamente para servirem para a alimentação humana e animal, já apresentavam um sensível decréscimo no seu número em meados do século XIX. Estima-se que quase todos os animais do último bando existente, cerca de 250 mil exemplares, foram mortos num único dia de caçada em 1896. O último exemplar selvagem foi morto em Ohio, em 1900. O último exemplar em cativeiro, uma fêmea chamada Martha, morreu no Jardim Zoológico de Cincinnati a 1 de setembro de 1914.
Foca monge das caraíbas Monachus tropicalis -> Os seus únicos predadores eram os tubarões caribenhos e, mais tarde, o Homem. A foca monge era muito lenta e desajeitada em terra e, por isso, supõe-se que não tivesse predadores fora de água. O último registo visual de um animal desta espécie foi em 1932, ao longo da costa do Texas. Relatos de registos visuais por mergulhadores ainda ocorrem esporadicamente, mas várias tentativas sistemáticas de reencontrar este animal foram infrutíferas.
Ibex dos pirenéus Capra pyrenaica pyrenaica -> Há poucas centenas de anos eram numerosos, mas a partir de 1900 o seu número foi reduzido a menos de 100 exemplares. A partir de 1910, o número deles nunca ultrapassou 40 individuos e a espécie era encontrada apenas em uma pequena parte do Parque Nacional de Ordesa e Monte Perdido, na província de Huesca. A população manteve-se estável ao longo dos trinta e tantos até 1981. Ninguém sabe ainda exatamente por que os animais diminuiram rapidamente chegando a 10 em 1993 e apenas 2 em 1997. Em 1999, o último macho morreu de velhice, deixando apenas uma fêmea, "Celia". Célia morreu em Janeiro de 2000 quando uma árvore caiu sobre ela e esmagou o crânio.
Antílope Búbalu Buselaphus Alcelaphus buselaphus -> É um antílope que foi extinto em 1923. Muitos foram capturados e foram mantidos vivos em cativeiro mas pouco tempo depois morriam. Em 1923, uma fêmea, que morreu em um zoológico de Paris, foi considerada o último remanescente da espécie.
Tigre de java Panthera tigris sondaica -> Na década de 1950 a população total de tigres de Java já estava reduzida entre 20 a 25 indivíduos espalhados por toda a ilha, tendo sido extintos em 1960 do Parque Nacional de Ujung Kulon, famosa reserva natural de Java, aonde sobrevivem os últimos rinocerontes da ilha. O último dos tigres em Java foi visto em uma área remota e montanhosa do sudeste da ilha chamada Meru-Betiri, que em 1972 passou a ser protegida. No mesmo ano houve o último registo visual de tigres e em 1979 foram vistos pela última vez umas pegadas que poderiam corresponder a três indivíduos diferentes. Desde então não tem havido mais evidências confiáveis da existência do grande felino em Java, apesar da existência de alguns supostos registos visuais em Meru-Betiri que provavelmente correspondem na realidade a leopardos. Sabe-se que houve tigres de java nos zoológicos de Roterdã, Berlim e em várias cidades da Indonésia, porém todas as evidências dos mesmos se extinguiram durante a Segunda Guerra Mundial. As reservas criadas em Java a partir dos anos 1940 eram demasiadamente pequenas para sustentar uma população viável de tigre e portanto foram incapazes de salvá-los.
Tecopa Pupfish Cyprinodon nevadensis calidae ->Seu declínio começou no início dos anos 1940. A popularidade do Tecopa Hot Springs em 1950 e 1960 levou à construção de hotéis e parques nessa área. Em 1981 o peixe foi oficialmente retirado dos serviços do Estados Unidos Fish and Wildlife e se tornou oficialmente declarado extinto a partir de 1973.
Jumento selvagem sírio Equus hemionus hemippus -> É uma subespécie extinta de asno. Habitava as montanhas e desertos da Síria. O último exemplar morreu em 1928 em cativeiro. Seus números começaram a cair vertiginosamente durante o século 18 e 19 devido à caça excessiva e sua existência foi ainda mais ameaçada pela agitação regional da I Guerra Mundial. O último exemplar selvagem conhecido foi morto a tiros em 1927 no oásis de Al Ghams perto do Lago Azraq na Jordânia e o exemplar em cativeiro morreu no ano seguinte na mesma Zoo de Viena.
Golfinho lacustre chinês, o
Baiji -> Foi considerado extinto em agosto de 2007, após uma busca de 6 semanas no rio Yang-Tsé em dezembro de 2006, em que não foi encontrado nenhum espécime vivo. No entanto, no dia 19 desse mesmo mês, um morador de Tonglin, avistou um nas margens do rio e o filmou com o seu telemóvel. Segundo a Sociedade Zoológica de Londres, caso seja confirmada a sua extinção, será o primeiro cetáceo a desaparecer como resultado direto da influência do homem. As causas principais de sua extinção foram a pesca abusiva, a navegação excessiva, a poluição e a construção de usinas hidrelétricas, que afetaram grandemente o seu habitat natural.
Urso do atlas Ursus arctos crowtheri -> Este urso era nativo do norte de África. Habitava as Montanhas do Atlas, desde Marrocos até à Líbia, mas agora acredita-se estar extinto. Milhares destes ursos foram caçados pelos romanos, para lutarem com os seus gladiadores nas arenas. O último espécime vivo foi, provavelmente, morto por caçadores por volta de 1870 no norte do Marrocos. A possibilidade foi levantada de que a espécie poderia ainda sobreviver na África oriental.
Codorna da Nova Zelândia Coturnix novaezelandiae -> Uma das principais causas da sua extinção foi a introdução de espécies invasoras de predadores, para as quais não se encontravam minimamente adaptadas. Atualmente, uma investigação está sendo conduzida para descobrir se uma população de codornas encontradas na ilha Tiritiri Matangi pertencem a espécie e foram poupadas do pior impacto de predadores introduzidos ja registrado.
Tigre persa Panthera tigris virgata -> Tornou-se extinto na década de 1960, com o último sendo visto em 1968. De todas as subespécies de tigre era a mais ocidental, sendo a subespécie utilizada no coliseu de Roma. No começo do século XX foi alvo de perseguição por parte do governo da Rússia, que acreditava não haver mais espaço para o tigre na região, por conta de um programa de colonização da área. Esta subespécie é dada como extinta, mas existem casos de registros visuais não confirmados. Para as arenas romanas, os tigres eram trazidos do Cáucaso e do Irã, quando muito da Índia. Em 1899, o zoológico de Berlim tinha exemplares dessa subspecies. Alguns afirmam que o último tigre do cáspio foi morto no norte do Irã em 1959. Ainda existem indícios de um assassinato documentado de um exemplar desta subespécie nos anos 1970 no leste da Turquia. Outros dizem que o último tigre do cáspio foi capturado e morto em 1997 no norte do Afeganistão. A data mais aceita é o final dos anos 1950. O Tigre do Cáspio pode não ser considerada uma subespécie extinta pois segundo testes feitos ao seu ADN , quando comparado com as restantes subespécies de Tigre, verificou-se que na prática o Tigre do Cáspio e o Tigre da Sibéria são a mesma subespécie.
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