Natureza
Catando Joaninhas
Quem nunca catou joaninhas quando era criança e colocou-as num vidrinho somente para ficar olhando? Depois tinha que abrir o mesmo e devolvê-las ao matinho, claro.
Quando vi esta imagem, lembrei-me de como eram bons aqueles tempos, em que as brincadeiras detinham tempo na procura, eram também lúdicas e necessitavam de super criatividade.
Minha mãe disse-me hoje, inclusive, que ela precisa achar uma joaninha para mostrar a uma menininha que é sua vizinha e que nunca viu este bonito inseto.
Hoje, as crianças são consideradas “multitarefas”, ou melhor, podem executar três, quatro, cinco atividades ao mesmo tempo e conseguirem estar atentas a todas elas. Observo isto em minha sobrinha de 11 anos – não perde tempo nem informação e está sempre ligadinha em tudo à sua volta e absorve as coisas como uma esponjinha. São capazes de fazerem os deveres de casa, ouvir notícias na TV e ficarem de olho na rede. Têm também poucos relacionamentos pessoais, ocupando a maior parte do tempo em jogos e amigos virtuais.
Pesquisas atuais afirmam que este fenômeno neurológico no cérebro infantil acontece porque são superestimulados e que qualquer teste de inteligência mais antigo concluirá que a criança de hoje é gênio. De fato , ela é mais inteligente, porque tem o cérebro exposto a uma quantidade crescente de estímulos desde cedo e estabelece precocemente um número maior de conexões entre neurônios. (Revista Veja-6/agosto).
Quando eu era criança, não havia tanta informação tecnológica e nem podíamos imaginar o que seria o mundo de hoje com cd-room, multimídia, fax-m odem, fibra ótica, video game, you tube, orkut, fotolog, blog, msn, ou outro comunicador do genêro, já que comunicação para nós era aquilo que aprendíamos em sala de aula com os professores, livros e Atlas geográficos e na televisão com programinhas do tipo Teatrinho Troll, Capitão Furacão, Nacional Kid, Pantera Cor-de-Rosa, Sítio do Picapau Amarelo e programações bem, digamos, softs.
Íamos ao colégio de manhã ou à tarde e o resto do dia era dividido em fazer deveres de casa, ver TV e brincar com os coleguinhas numa relação pessoal direta e bem mais sadia. Sobrava tempo então até para ... catar joaninhas.
Joaninhas vermelhinhas que se colocadas na palma da mão, abriam as asinhas e saiam voando.
Então, a gente tinha esta fantástica possibilidade, só que não desenvolvemos o cérebro com a rapidez das crianças de hoje em dia. Mas, a gente percebe também que esta mesma criança que processa rapidinho as informações, fica num nível muito superficial e tem dificuldade para ir fundo num assunto. Parece que tudo entra velozmente, mas sai na mesma intensidade.
Para sabermos se esta superestimulação que ocorre atualmente com as crianças trará bons resultados pro futuro, temos que esperar para ver no que vai dar, porque os cientistas e psicólogos ainda não sabem a resposta.
Enquanto isso, vamos incentivá- los a catar joaninhas porque o resultado pelo menos eu sei – fica uma doce recordação que levarão para o resto da vida!
(Post escrito em agosto-2008 e reeditado agora)
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