Natureza
A Reverência Final
-Londres-
Apesar de meu nome ser mais conhecido porque é o nome da rainha da Inglaterra, sua origem é hebraica e o significado quer dizer, 'consagrada a Deus'. Pelos sites que dizem algumas coisas sobre meu nome, indicam o número 7 como sendo da sorte dentro da numerologia.Tudo bem! Eu não ligo muito para estes detalhes, mas fico chateada quando escrevem errado meu nome, principalmente se fizerem uma barbaridade como noutro dia num supermercado, quando um desses meninos que ficam atrás da gente, tentando ganhar clientes empurrando um cartão de descontos e resolve me seguir, quase implorando para eu fazer o tal cartão. Eu disse que não queria e que estava com pressa (estava mesmo), mas ele disse que poderia ir preenchendo o formulário enquanto eu ia colocando minhas compras no carrinho. Eu disse ok e ele foi me seguindo com a prancheta nas mãos e começou com a pergunta do meu nome.Respondi que era Elizabeth e aí ele me perguntou se era com s.Como já sei que existe uma outra forma de escrever este nome, tive paciência e exortei-o que o meu era com z e th. Meio desconfiada de suas habilidades com a nossa língua, dei uma espiadela na prancheta e quase caio dura, quando vejo que ele separou meu nome nos quadradinhos, ficando assim - Eliza Beth -pode ser até que hoje em dia já tenham inventado uma forma de escrever este nome desse jeito, mas eu juro que nunca vi.Santa Carochinha, a quantas anda a educação em nosso país!Para encurtar o papo, peguei a prancheta da mão dele e consertei tudo, ainda preenchi em menos de 5 minutos todos os outros campos restantes, senão estaria até agora lá com o bonitinho, todo trabalhado a 'la Neimar', com o cabelinho bem cortado, mas quase sem conhecimentos básicos. Brinquei com ele que ia lhe dar um cascudo se continuasse fora da escola, que poderia trabalhar ali no supermercado, mas que não deixasse de se instruir, completasse sua educação e se formasse para ter um futuro melhor.Ele sorriu um lindo sorriso branco na sua juventude cheia de esperança e sem medos, e agradeceu-me muito ter-lhe quebrado o galho, fazendo o cartão e poupado-lhe tempo e mais constrangimento naquele trabalho 'difícil' que arranjaram para ele.
Bem, mas voltando ao nome Elizabeth que me foi dado pelos meus pais em homenagem à rainha quando aqui esteve em 1953 e que, imagino, muitos pais fizeram o mesmo, o que eu queria na verdade era falar-lhes sobre esta novidade que li noutro dia no Jornal Daily Mail, sobre uma integrante do clã real inglês que está chamando a atenção da mídia no mundo todo, ao lançar um livro, uma autobiografia, chamada "The Final Curtsey" (A Reverência Final), cheio de fotos incríveis e curiosas da família real britânica. O nome dela é Margareth Rhodes e é prima e amiga de infância da rainha Elizabeth II. Ela tem 86 anos, mora numa casa nas cercanias do parque de Windsor e quem lhe deu esta propriedade foi a rainha mãe em 1980.As cenas e a narrativa são deliciosas, por revelarem um lado tão íntimo da rainha Elizabeth e sua família, como podem ver nas fotos abaixo em que ela aparece em sua propriedade na Floresta Balmoral, comendo ao lado da prima Rhodes, com um pratinho no colo, num banco do lado de fora do chalé de madeira, completamente informais, descontraídas como duas senhorinhas de qualquer subúrbio londrino.
(Clique para ampliar)
Imagens daqui)
Alguns trechos traduzidos do livro:
"A rainha-mãe tinha o incrível dom de fazer as pessoas acreditarem que durante uma conversa elas eram as únicas com as quais ela gostaria de falar no mundo. Uma mulher que nunca admitia uma doença e que “considerava a aspirina uma droga perigosa”.
Outra curiosidade é que a rainha-mãe não se importava com as pessoas fumando ao seu lado. Dizia que isso a fazia lembrar-se de seu marido, de seu pai e de seus irmãos, todos fumantes.
“À noite, enquanto jantávamos sozinhas, ela gostava de assistir TV – particularmente ‘Two Fat Ladies’ (‘Duas Senhoras Gordas’) e programas de humor”.
Segundo Rhodes, a rainha-mãe recebia inúmeras correspondências – e nenhuma delas era ignorada. Além de responder a todas as missivas, a rainha tinha “uma caverna do Alladin de presentes”, um armário cheio de bibelôs que vez ou outra eram embalados e mandados juntos com a carta.
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