Vida urbana. Blergh!
Natureza

Vida urbana. Blergh!


Hoje saí para uma missão agradável - comprar presentes. Vem aí o aniversário da sogra e o dia das secretárias, então fui parar no Shopping. Aproveitei e almocei por lá, mesmo não gostando de comida de shopping, mas só em pensar em sair dali, pegar o carro, ir na rua e voltar cansa, então o jeito foi escolher um daqueles restaurantes e comer alguma coisa leve e rápida.

Acontece que hoje em dia, mesmo sendo uma quinta-feira, tem sempre um monte de gente dentro desses centros de consumo e o barulho é aquele comum em quase todos. Lojas de som com música tocando, geralmente Ivete Sangalo, praça de alimentação cheia e gente falando. Aliás, falando alto demais! Não sei porquê essa vontade de se comunicar tanto, acabando em exageros e não respeitando a pessoa ao lado que está tentando almoçar em paz. Como se não bastasse tem televisores ligados e com som alto também. Prá quê isso, gente! Tinha um rapaz, parecia recém-formado em Direito, comendo numa mesa do meu lado e falando ao celular, só que entre uma garfada e outra ele falava alto e explicativo para a pessoa do outro lado, alguma coisa sobre lei para venda de uma moto com algum problema, sei lá! O fato é que isso incomoda e constrange quem está ao lado, pois sem querer ficamos sabendo da vida e das negociações de outra pessoa. Ele falava e gesticulava como se estivesse no sofá de sua casa e volta e meia vejo alguém assim, sentado ou andando, perto dos outros como se fossem os únicos no planeta e quase sempre aos berros como se do outro lado tivesse alguém com problemas auditivos.

No caso dos celulares, invade os ouvidos alheios em ônibus, trens, restaurantes e metrôs. É como um vendedor de peixe na feira anunciando seu produto e poluindo o ar com um som inversamente proporcional ao nosso direito à tranquilidade.


Como se não bastasse nas ruas os carros com equipamentos de som para propaganda política, ou aquele ser idiota que pensa que a música que ele gosta todo mundo gosta também, aí tem que sair por aí ouvindo aqueles funks bregas ou buzinando assim que o sinal abre para o cara da frente andar logo. E tem também o barulhinho pi-pi-pi-pi de entrada e saída de carros em edifícios a qualquer hora do dia e da noite. Criancinhas acostumadas a berrar com a Xuxa em casa aqueles hits fantásticos, tipo: "Vamo pulá, vamo pulá...." e aí chegam na escola, na hora do recreio parece que estão sendo esganados um a um, de tanto que gritam. Aliás, criança brasileira grita muito, só pode ser essa loira quarentona que semeou este mal entre os pequeninos!!! Maledita! Tomara que vá prá Argentina! rsss



A verdade é que o carioca já está acostumado a esta "amplificação do som". Se você vai a qualquer barzinho tem lá um débil com microfone na mão , tudo tem que ser microfonado.
Aí você vai dançar, mas vai com um grupo de amigos, tipo assim na Lapa, por exemplo. Tá, tudo bem, você vai dizer: Mas, lá é lugar prá se dançar somente! Discordo! Acho que você pode levantar-se, dançar na pista e voltar para o seu lugar e conversar com os amigos entre outras coisas, mas não! A música, geralmente, é tão alta que fica todo mundo calado ou então, esticando o ouvido para entender tudo errado do que o outro fala.

Ah, tô fora! Estou na idade do conforto e bem estar! Ok, ok... vou parar por aqui antes que me chamem de velhinha chata. Deu prá sentir que voltei irritada, né!
Mas, experimentem colocar seus ouvidos para escutar de verdade e verão que não estou falando mentira. A cidade é surda!



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