Tem dias que me sinto uma Forrest Gump, meio perdida.
Natureza

Tem dias que me sinto uma Forrest Gump, meio perdida.





Este blog nunca foi lugar de lamuriações, tristezas e tampouco usado para fazer propaganda política de um ou outro partido, assim como nunca foi usado para meter o malho diário das mazelas do meu país, afinal isso já tem muitos que fazem  por aí,  como jornais, televisão e revistas que mostram para dentro e fora do Brasil como é nosso dia a dia, às vezes bastante sensacionalistas outras, cruelmente verdadeiros. 
Pois enquanto lanchava num fast food em Lisboa, a televisão estava conectada na Record do Brasil e me sentia incomodada com as notícias horripilantes que eram mostradas para um povo diferente do meu, ali tão longe, sobre mortes, assassinatos, roubos, falcatruas e uma série de atos criminosos que deixa qualquer brasileiro roxo de vergonha diante de uma situação como aquelas.

Mas, afinal, ficar indiferente também não dá!  Parece que o laço está se apertando demais e já virou um nó, difícil de desatar a cada dia, mês e ano que passa.  E por mais otimista que sejamos, por mais amantes desta terra que vimos sempre tão maravilhosa, cheia de recursos naturais, gente humilde e trabalhadora, gente que depositou tanta expectativa nos novos tempos e ver nossos princípios básicos indo pro beleléu, valores tão bem seguidos por nossos pais e avós, passados com carinho para nós e que, tentamos, passar para nossos filhos também, mas que diante de tanta falta de educação e desrespeito, tem transformado em abismo profundo as relações inter-pessoais entre uma classe e outra.  Aliás, acho que dentro de uma mesma classe já existem estas diferenças e para arrumar tanta coisa, precisaremos de muitos anos de trabalho e muita vontade política principalmente.


Cheguei à conclusão de que não somos pobres porque nos faltam recursos naturais ou porque a natureza foi cruel conosco. Acho que somos pobres porque nos falta atitude, falta vontade para cumprir e ensinar esses princípios de funcionamento das sociedades ricas e desenvolvidas.

Minha indignação tem sido grande em várias situações. Desde a dificuldade para exercer meus direitos de cidadã, como simplesmente conseguir atravessar uma rua, só colocando meu pé na faixa (hoje quase que uma moto me atropela); ter um trabalho bem feito pela pessoa que está sendo paga condignamente para fazê-lo em minha casa; ter segurança para ir e vir onde quer que eu queira e a qualquer hora; ser atendida por um profissional de saúde com, no máximo, 20 minutos de atraso, afinal também tenho um monte de outras coisas para fazer e resolver e marquei dia e hora para a consulta; não ter que colocar vidros fumês no meu carro, por conta do medo que uma cidade grande passa, com pedintes em semáforos fazendo números circenses com fogo e tudo o mais e bem ao lado dele, um guarda de trânsito que só faz apitar, mas não inibe nada disso,  ou mesmo assaltantes motorizados; dormir  sem levar susto no meio da noite ao ouvir uma granada sendo lançada  dentro de um túnel;  saber que a pessoa que recebe uma bolsa alimentação da igreja, recebe também mais três de outros lugares e ainda vende uma delas;  ver noite e dia, luzes acesas em um barraco de favela e que o 'gato' dele sou eu e outros que pagam ... e um monte de outras coisas que todo mundo sabe e nem dá pra enumerar aqui agora.  

Então é isso, falei!  Talvez, você meu caro amigo, não queira participar deste meu post enxaqueca, talvez até nem ache que essas coisas que enumerei sejam assim tão relevantes diante de uma cidade com mais de 450 mil pessoas, vão me dizer que tem lugar pior, bem pior e eu sei disso.  Nem digam-me para eu mudar de país se me incomodo tanto, porque não é isso que quero, nem devo ou mereço, afinal, sempre fiz direitinho o dever de casa.  Equiparar-nos com um Haiti, Somália, Afeganistão também não vale, não tem nada a ver!  E resolvi escrever isto, meio impulsivamente até, depois que conversei com uma amiga paulistana querida e que me contou uma estorinha tão sórdida que aconteceu com ela dias atrás, a qual aumentou mais ainda minha indignação.

Achei este texto abaixo, sem autoria, e repasso para complementar o que falei acima e, se você não concordar comigo, tudo bem, entendo sua posição, mas se for pra jogar tomates, tubo bem também.  Aproveito e faço uma saladinha.  
Liga não, hoje me sinto como o Forrest,  perdida em meu próprio país e minha perplexidade.






A diferença entre os países pobres e os ricos não é a idade do país. Isto pode ser demonstrado por países como Índia e Egito, que tem mais de 2000 anos e são pobres.
Por outro lado, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, que há 150 anos eram inexpressivos, hoje são países desenvolvidos e ricos. A diferença entre países pobres e ricos também não reside nos recursos naturais disponíveis.
O Japão possui um território limitado, 80% montanhoso, inadequado para a agricultura e a criação de gado, mas é a segunda economia mundial. O país é como uma imensa fábrica flutuante, importando matéria-prima do mundo todo e exportando produtos manufaturados.
Outro exemplo é a Suíça, que não planta cacau mas tem o melhor chocolate do mundo. Em seu pequeno território cria animais e cultiva o solo durante apenas quatro meses no ano. Não obstante, fabrica laticínios da melhor qualidade. É um país pequeno que passa uma imagem de segurança, ordem e trabalho, o que o tranformou na caixa forte do mundo.
Executivos de países ricos que se relacionam com seus pares de países pobres mostram que não há diferença intelectual significativa.
A raça ou a cor da pele também não são importantes: imigrantes rotulados de preguiçosos em seus países de origem são a força produtiva de países europeus ricos. Qual é então a diferença? A diferença é a atitude das pessoas, moldada ao longo dos anos pela educação e pela cultura.
Ao analisarmos a conduta das pessoas nos países ricos e desenvolvidos, constatamos que a grande maioria segue os seguintes princípios de vida:

A ética, como princípio básico.
A integridade.
A responsabilidade.
O respeito às leis e regulamentos.
O respeito pelo direito dos demais cidadãos.
O amor ao trabalho.
O esforço pela poupança e pelo investimento.
O desejo de superação.
A pontualidade.







loading...

- Água Uma Questão Ambiental E Humana
Água, tema do Blog Action Day 2010 Á água é o recurso natural mais importante para vida no planeta. Todos nós sabemos que não é possível viver sem ela e também que é cada vez mais difícil manter esse recurso disponível para...

- Desigualdades Na América Latina, O Problema Da água
O acesso à água e ao saneamento básico na América Latina continua sendo insuficiente, em especial nas zonas rurais e para os pobres. Há também uma diferença substancialmente entre os países. Em 2004, a percentagem da população abastecida com ...

- Agradecimento Do Thiago E Fafá
Vocês ainda lembram da Blogagem Coletiva sobre Adoção que participei e a história maravilhosa e verdadeira do Thiago e sua mãe Fafá e família que contei aqui? Muito bem, o Thiago enviou-me um agradecimento a todos que leram sua história e comentaram,...

- Somente Um Outro Dia
O mundo anda esquisito, meio de ponta cabeça e às vezes pensamos que está perto do fim. Mas eu acredito que o mundo seja cíclico e por mais voltas que dê, mais turbulências que haja, mais diferentes coisas acontecendo aqui no Brasil e lá fora,...

- Um Terço Dos Alimentos Produzidos No Mundo é Desperdiçado, Diz Fao
  Cerca de um terço dos alimentos produzidos por ano no mundo é desperdiçado, de acordo com um estudo divulgado nesta quarta-feira pela agência da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO).  Segundo o estudo, que foi elaborado entre...



Natureza








.