Tanto riso, ó quanta alegria!
Natureza

Tanto riso, ó quanta alegria!


Carnaval em Madureira
(Tarsila veio de Paris e passou o carnaval de 1924 no Rio de Janeiro. Ela colocou a famosa Torre Eiffel no meio da favela carioca.)


Olha só minha gente, eu não sou muito fã de carnaval não! Na verdade, sempre saio fora da cidade nesta data e vou para um lugar tranquilo onde não haja barulho e tumulto.
Invariavelmente estarei em Petrópolis, na
minha casinha da serra e vou rever os queridos amigos petropolitanos e minha amada Emmy que está lá, meio caduquinha, fazendo umas coisas esquisitas ultimamente, mas é perdoável pela idade da bichinha.

Quem curte carnaval faz o caminho inverso do meu e vem pro
Rio para cair no samba e ver os desfiles das Escolas de Samba ou vão para a Região dos Lagos atrás das belas praias de nosso litoral, como Búzios, Cabo Frio, Arraial do Cabo, Rio das Ostras, etc... Nesses lugares, tudo 'cheira' a carnaval, batucada, cerveja gelada e mulher pelada! Ooops, quase pelada!

Como eu gosto de guardar a lembrança singela e lírica dos carnavais de outras décadas, principalmente da minha
infância, prefiro me distanciar desse redemoinho de loucuras de sexo, drogas, álcool e nudez, vendo apenas aquilo que me encanta na televisão quando mostram os belos carros alegóricos ou as fantasias e máscaras feitas por artistas excepcionais que estão por trás desse magnífico evento.
Aliás, falando em máscaras, quem bateu o record este ano na procura é o Obama. Dizem que os comerciantes do Saa
ra, no centro do Rio, estão vibrando com as vendas das mesmas e até pensei em comprar uma, pois esse cara já é história e gostaria de guardá-la para um futuro.

As máscaras no meu tempo de criança eram assustadoras e lembro bem de uma que, geralmente quem as usava, eram homens pequeninos e fracotes, mas metiam medo pela cabeça gigantesca, preta e com uns chifres. Acho que eram diabos! Não sei até hoje o que era aquilo, mas eu me pelava de medo e corria para dentro de casa ou atrás de minha mãe. Também, a gente era muito 'sem noção' e bobocas., tinha medo de tudo, ora!
Depois, já nas décadas de 70/80 os grupos de Bate-Bolas ou Clóvis eram o terror da meninada, batendo suas
bolas ou bexigas no chão e correndo em direção das pessoas ou criancinhas distraídas. Eu também morria de medo e prá dizer a verdade, até hoje se me aparecer um grupo assim pela frente, acho que tenho um treco!
Bom mesmo é relembrar as famosas marchinhas que sempre são repetidas todos os anos, mas que ficarão para sempre em nossa memória. Cante aí, sozinho mesmo, recordar é viver!

"O teu cabelo não nega, mulata, porque és mulata na cor, mas como a cor não pega, mulata, eu quero o teu amor..."

"Mamãe eu quero, mamãe eu quero mamar. Me dá chupeta, dá chupeta pro neném não chorar..."

"Se a canoa não virar, olê, olê, olá... eu chego lá..."

"É o Bafo da Onça que acabou de chegar... olha a rapaziada ôba!"

"Olha a cabeleira do Zezé, será que ele é, será que ele é?"

Todo mundo tem uma foto daqueles tempos em que carnaval era fantasia e brincadeira, ao som das marchinhas de Emilinha Borba ou Marlene, correndo nos clubinhos do bairro atrás das serpentinas e confetes jogados.
Olha nós, aí na foto! Minha irmã Rosane de bailarina, eu de índia apache(?) e meu irmão Luis de toureiro. Não riam, éramos três patetas, mas achávamos tudo uma maravilha nesse mundo.

Proponho a quem tiver uma foto assim, bizarra, de sua infância, que mostre em seu blog nesta época carnavalesca.

Vamos lá pessoal, formar o Bloco dos Blogs! Skindô, skindô!!!

Máscara Negra
(Zé Keti)
Tanto riso, ó quanta alegria,
mais de mil palhaços no salão,
arlequim está chorando
pelo amor da colombina,
no meio da multidão.
Foi bom te ver outra vez,
tá fazendo um ano,
foi no carnaval que passou.
Eu sou aquele pierrot,
que te abraçou,
que te beijou meu amor.
A mesma máscara negra,
que esconde o teu rosto,
eu quero matar a saudade...
Vou beijar-te agora
não me leve a mal,
hoje é carnaval...
Também sobre este tema veja o que a Cristiane conta em seu blog.
PS: Este post foi feito com a juda de minha mãe, dona Rita com pé quebrado, que relembrou comigo as várias marchinhas carnavalescas de outrora.




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