Santa Paciência
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Santa Paciência



Gosto muito de cinema, principalmente as salas bem estruturadas onde a visibilidade fica plena e confortável para se assistir a um bom filme. Nada se compara a uma exibição em uma sala de cinema, pelo menos na minha opinião, ainda é o melhor lugar para se curtir um bom filme, tem o tamanho da tela, o som, o clima que o mesmo proporciona, passando antes pela bomboniére ou pela cheirosa pipoca, tradição que vem junto com cinema.

No Rio temos boas salas e hoje fui a uma delas que fica na Estação Sesc Botafogo e que se divide entre Estação 1 e Estação 2 - várias salas de cinema, bem equipadas, poltronas confortáveis, livraria, videoteca e um café charmoso.  E quem tiver carteirinha do Sesc paga somente a metade. Uma parceria legal e que ajuda a expandir a produção cultural do nosso estado.

Lendo o jornal pela manhã, o maridex disse-me para eu escolher o filme, em geral sou eu mesma que escolho e acabo acertando, pelo menos ele sai sempre feliz e eu também., apenas pediu-me que não fosse nada pesado ou muito cansativo, porque depois de uma semana de trabalho árduo, não queria pagar para se cansar pensando muito, queria se distrair. Eu também.
Bem, a saída então, pensei, seria uma boa comédia e achei até algumas interessantes, mas chamou-me a atenção principalmente uma que estreou esta semana, feita no Reino Unido, do cineasta inglês e judeu Josh Appignanesi - com o título em português  Santa Paciência e em inglês The Infidel (O Infiel).

Santa Paciência explora de uma maneira divertida, inteligente e ácida o modo de viver dos dois lados, as manias e percepções de  judeus e muçulmanos.  Este tema tão delicado atualmente, foi levado em comédia com um cuidado de grande inteligência para não polemizar demais e ter distorcida sua moral e sem desrespeitar de verdade nenhum dos lados.

Imaginem um sujeito muçulmano convicto, mas não praticante, e que às vésperas do casamento de seu filho, na comunidade muçulmana de Londres, ele descobre numa caixa de papéis velhos um documento comprovando que foi adotado. Curioso em saber quem são seus pais biológicos, ele procura o serviço público responsável pelo processo e descobre, de forma irregular, que nasceu em uma família judaica. É o que basta para ele, criado numa família muçulmana light que gostava de uma cervejinha e outros pequenos delitos do mundo moderno ocidental,  se sentir um estranho no ninho e perder o rumo de sua vida. 

Claro que o espectador tem que ter um mínimo conhecimento das duas religiões para entender as frases de efeito com gozações hilárias de ambos os lados. 

O ator principal é um inglês de origem iraniana, Omid Djalili, excelente em sua atuação, e arranca gargalhadas do público nesta comédia que envolve um assunto polêmico e especial nos dias de hoje, ou seja, tolerância racial e religiosa que só pode ser tratado na forma que foi, com ironia, sutileza e bom humor.  Não percam, vale a pena ver! Abaixo, um pouquinho para dar risada:



















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