Aprender, encarando, errando e acertando.
Natureza

Aprender, encarando, errando e acertando.





Quando eu me casei e vi que tinha uma casa só minha e que as coisas ali dispostas eram para meu conforto e deleite, fiquei empolgada e quis dominar meu reino. Assim, mesmo não tendo sido preparada para ser uma dona de casa, mesmo nunca tendo cozinhado meu próprio alimento e tampouco alimentado outra pessoa, mesmo nunca tendo me preocupado com minhas roupas que, como milagre, apareciam penduradas e cheirosas nos cabides do armário e nunca ter me preocupado com as contas que chegavam e eram pagas pelos meus pais, restando-me apenas estudar, trabalhar e, poucas vezes, ajudar nos trabalhos domésticos, contudo, mesmo assim, quando eu casei , experimentei, errei, acertei e fiz o que  tinha de melhor em mim e com isso aprendi que amor, paciência e vontade, transformam a vida da gente em grandes realizações, pois só aprendemos arriscando ou tentando.

Algumas coisas que antes eu não prestava atenção e pensava que seriam impossíveis de concretizar, foram se transformando em desafios e eu quis aprendê-las, quis fazer bem feito, quis ultrapassar minhas dificuldades e, sinceramente, consegui! A cada sucesso eu me sentia feliz da vida comigo mesma.  Em pouco tempo, eu tinha minha casa nas mãos e pude, com firmeza, delegar afazeres a outra pessoa para que eu pudesse me dedicar a ser mãe e voltar a aprender coisas novas, que me trouxeram muito prazer em vê-las prontinhas e bonitas e dizer com todo orgulho - Fui eu que fiz!

Aprendi a cozinhar com livros que fui comprando e experimentando, naquele tempo ainda não tinha internet e estes blogs maravilhosos recheados de receitas, tive então que aprender na marra, errando receitas, insistindo e me deliciando quando dava tudo certo. Assim como para a própria experiência da maternidade, tive que aprender com erros e acertos e alguma pequena ajuda das revistas sobre este tema, e hoje vejo como são muitas as trocas e experiências que as moças têm através desta maravilhosa rede de comunicação virtual, acho que por isso elas são tão espertas e bem resolvidas.

Aprendi também a passar muito bem uma roupa, pois gosto dela bem apresentável e com isso,  também pude ensinar e dizer a uma ajudante doméstica como eu queria ou gostava.
Fiz cursinhos rápidos de decoração e artes e um desses foi de tapeçaria, eu sempre adorei tapetes e abajoures nas casas, acho que são peças fundamentais para trazer beleza e aconchego ao ambiente, então resolvi fazer os tapetes arraiolos que enfeitaram minha primeira casa e que até meu filho, ainda pequenino, gostava de fazer comigo, pegava a barra enquanto eu ficava com o miolo, eram tão bons aqueles momentos ali de nós dois juntinhos, criando e unindo-nos em afeto.
Aprendi a pintar a óleo e enchi paredes na minha casa na montanha, estão lá até hoje, relembrando um tempo calmo, de tardes longas no atêlie de dona Lourdinha, minha professora querida e pintora de mão cheia. Não são pinturas de cunho artístico, apenas de cunho simbólico para mim mesma e de uma época em que eu queria me expressar de alguma forma. Tempos sem Internet e com sobra para criatividade.
Depois aprendi a forrar caixinhas e tudo que via pela frente com dècoupage, fiz um monte delas, presenteei amigas e família, enfeitei a casa com algumas e, repentinamente, enjoei-me e dei por encerrada minhas "artices".
Resolvi aprender um pouco de jardinagem e comprei livros, fui a dois pequenos cursinhos lá na serra, plantei árvores, mudei canteiros e vasos, e ainda mexo no jardim a cada 15 dias, me dá muito prazer e um relaxamento total na alma.
Um dos melhores aprendizados da minha fase adulta foi, principalmente, a informática, e a cada aula que eu tinha, corria para meu computador e refazia os exercícios, fuçava dali e daqui e aprendi muito sozinha, na descoberta mesmo. Me realizava brincando com o photoshop e enviava para amigas ou familiares.
Retornei às salas de aula por dois anos aqui nesta cidade, na tentativa de acender a lembrança das aulas de francês que eu havia iniciado na juventude pela Aliança Francesa e, mais uma vez, senti a delícia de reaprender algo e me entrosar com outras pessoas.

Conclusão: Aprender é um verbo que não deve ficar no tempo da infância, adolescência ou juventude, pois até mesmo na idade adulta é tempo de estar aberto ao conhecimento, mesmo se o aprendizado for para coisas simples da vida, o que importa é se a vontade é sincera, sem vergonha e sem pensar que é impossível, pois todo o tempo é para o conhecimento e engrandecimento da mente e, consequentemente, do próprio espírito. 



Você sabia?

Você sabia que foi aos 66 anos que Michelangelo concluiu o afresco "o juízo final", na capela Sistina, em Roma?

E que aos 77 anos o astronauta John Glenn voltou ao espaço, para mais uma viagem?

E você sabia que envelhecer com dignidade é ter sempre em mente um projeto de vida para o dia que ainda não nasceu?

(Momento Espírita)






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