Animal em destaque no Planeta Condor da California
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Animal em destaque no Planeta Condor da California


O condor-da-califórnia ou condor-californiano Gymnogyps californianus é nativo da América do Norte, sendo atualmente encontrado somente na região do Grand Canyon e das montanhas do oeste da Califórnia, nos Estados Unidos, e ao norte da Baixa Califórnia, no México. É uma ave muito ameaçada de extinção e que possue um grande projeto na luta pela preservação da espécie.
 
Eles possui a maior envergadura dentre todas as aves da América do Norte, chegando a 2,90 metros e estão entre as mais pesadas do continente, variando de 7 a 14 kg. É detritívora, alimentando-se de grandes quantidades de carniça. Apresenta uma das maiores expectativa de vida entre as aves, podendo ultrapassar os 50 anos.

Encontra-se na lista vermelha da IUCN e seu status atual é "criticamente em perigo". A espécie já foi considerada extinta em estado selvagem entre 1987 e 1992.

Os condores, assim como os urubus, apesar de serem conhecidos também por abutres do novo mundo, são, segundo a nova Taxonomia de Sibley-Ahlquist, mais próximos às cegonhas do que aos abutres propriamente ditos.

Devido ao declínio populacional, o último exemplar livre na natureza foi levado ao cativeiro por um programa de reprodução em 1987. Após um periodo de reprodução em cativeiro bem sucedida condores foram soltos no sul da Califórnia, em Baixa Califórnia e no Grand Canyon. Há dois santuários dedicados à espécie: o Sisquoc Condor Sanctuary, em San Rafael Wilderness e Sespe Condor Sanctuary, em Los Padres National Forest. Estas áreas foram escolhidas por serem o principal sítio de nidificação do condor-da-califórnia.

O condor-da-califórnia vive em terras rochosas de vegetação rasteira, florestas de coníferas e savanas de carvalho. É frequentemente encontrado próximo a penhascos escarpados e árvores frondosas, utilizando estes locais para nidificação.

Nos tempos atuais, uma ampla variedade de causas contribuiu para o declínio populacional. Seu exigente habitat de reprodução e baixas taxas de nascimento resultantes, combinados com uma tardia idade de amadurecimento sexual, tornam a espécie vulnerável à perda de população. Esta redução é atribuída também à caça ilegal, especialmente para serem utilizados como peças de museus, ao envenenamento por chumbo e por DDT, às linhas de transmissão de energia elétrica, à coleta dos ovos e à destruição de hábitat. Durante a corrida do ouro na Califórnia, exemplares de condor-da-califórnia foram capturados como animais de estimação. Os incêndios também configuram uma ameaça à recuperação da população remanescente dos condores-da-califórnia

Projeto de recuperação da espécie
Estimativas indicam que havia cerca de 600 condores-da-califórnia na natureza em 1890. A ave faz parte da lista de espécies em perigo dos Estados Unidos desde 1967 e, no ano de 1975, estabeleceu-se um programa para a recuperação da espécie, sob a coordenação da United States Fish and Wildlife Service. O ápice do declínio populacional ocorreu em 1982, quando existiam apenas 22 exemplares em todo o planeta. Como o número de condores continuou a reduzir, iniciou-se a execução de um programa de captura destas aves, a captura de todos os 27 condores remanescentes fora concluída no domingo de páscoa de 1987, quando o último condor em estado selvagem, fora capturado.

Em 29 de abril de 1988, nasceu Molloko, o primeiro filhote de condor-da-califórnia nascido em cativeiro, no San Diego Wild Animal Park, nos Estados Unidos. Como o número de condores cresceu, o foco passou a ser a soltura desses animais na natureza. Apesar da taxa de nascimento permanecer baixa na natureza, o número da população aumenta constantemente, devido às regulares solturas de indivíduos na fase da adolescência criados em cativeiro. O projeto de preservação do condor-da-califórnia é o mais caro projeto de preservação de espécies de todos os tempos nos Estados Unidos

No final de outubro de 2009, existiam 351 indivíduos viventes, incluindo 180 em vida selvagem e o restante no San Diego Wild Animal Park, no Zoológico de Los Angeles, no Zoológico de Oregon e no World Center for Birds of Prey, em Boise, Idaho.



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